A INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), entidade que representa 51 laboratórios inovadores, reúne os pontos mais urgentes da gestão pública de saúde em sua Carta aos Candidatos. O documento busca ampliar o debate sobre o tema, com o objetivo de se chegar a soluções que possam ampliar o acesso aos tratamentos modernos e às novas tecnologias em saúde pela população brasileira.
Quatro pontos estão destacados na carta:
- Gestão com continuidade e amparo técnico;
- O desperdício do potencial inovador do Brasil;
- Novas soluções para ampliar o acesso da população a medicamentos básicos;
- A crise no acesso a medicamentos mais complexos.
“A saúde precisa estar na pauta, nos planos e nas preocupações de qualquer presidenciável que deseje, além do cargo a que esteja concorrendo, estar atento e disponível para lidar com aquilo que mais aflige o brasileiro”, afirma Pedro Bernardo, presidente executivo da INTERFARMA.
A saúde está sendo pouco debatida na campanha eleitoral, embora o tema há muitos anos seja apontado por inúmeras pesquisas como uma das maiores preocupações do brasileiro. Recentemente, o Ibope divulgou um estudo realizado no Estado de São Paulo em que saúde lidera com 70% o ranking das áreas que mais afligem o paulista.
“Não que devam ser desprezados temas macro como segurança pública, educação, corrupção e outros assuntos mais específicos que afetam a sociedade como aborto, maioridade penal, políticas de cotas. Mas certamente não devem ser ignoradas questões como acesso a terapias modernas, continuidade das políticas de saúde e previsibilidade para o setor, com planos consistentes de médio e longo prazos, em vez de apenas soluções imediatistas”, diz Pedro Bernardo.
É importante destacar que o SUS, que está completando 30 anos e acumula muitas conquistas no combate às doenças infecciosas e epidemias, tem enfrentado novos desafios com o envelhecimento da população, a incidência de doenças crônicas e complexas, bem como o ritmo acelerado com que novas tecnologias têm chegado ao País.
Além disso, o percentual da população que pode contar com a saúde suplementar reduziu recentemente. Dois fatores pesam nessa realidade. Primeiro, o desemprego aumentou e passou a atingir 13 milhões de brasileiros, sendo que para muitos o plano de saúde é uma conquista trabalhista. Segundo, os planos individuais pesam cada vez mais no bolso do trabalhador.
Portanto, fica evidente que o setor requer atenção, propostas bem estruturadas e planos consistentes com a nova realidade da saúde no Brasil e no mundo. A Carta aos Candidatos está sendo distribuída às equipes de campanha e pode ser acessada no site da INTERFARMA, aqui.
Fonte: Interfarma