A vacinação e sua importância para a manutenção da saúde têm retornado às conversas em todo o mundo durante a pandemia da Covid-19. As vacinas são responsáveis por proteger a sociedade por meio da redução do contágio. Foi em consequência da vacinação em larga escala que muitas doenças deixaram de ser um problema de saúde pública no Brasil, como a poliomielite, o sarampo, a rubéola, o tétano e a coqueluche.
Foi aproveitando esse momento de discussão que a farmacêutica Pfizer encomendou uma pesquisa ao IBOPE Inteligência, intitulada “Vacinação no Brasil: a percepção do brasileiro sobre a importância da imunização nos dias atuais”. Realizada em julho, teve a participação de dois mil brasileiros na capital de São Paulo e nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
Dados da pesquisa
A pesquisa mostrou que, embora 90% dos brasileiros reconheçam que a imunização é importante, apenas 50% verificam a carteirinha de vacinação regularmente – apenas uma em cada cinco pessoas verifica se está com as vacinas em dia apenas em casos de solicitação médica, quando algum familiar fala sobre o assunto ou durante surtos, epidemias e pandemias.
Além disso, 13% acompanham somente a carteirinha dos filhos e 17% nunca verificam, não têm, não sabem se têm ou onde está o documento. A porcentagem sobe para 29% a partir dos 55 anos de idade.
A falta de diálogos com os especialistas também contribui para a desinformação a respeito da vacinação. Apenas 15% dos entrevistados relataram já ter conversado sobre a importância da imunização com um médico.
Imunização durante pandemia
A pesquisa mostrou dados ainda mais preocupantes: 33% dos pais atrasaram as imunizações dos filhos pequenos por conta da pandemia ou não sabem como está a situação da vacinação.
A diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, comenta: “Embora muito se fale sobre imunização neste momento, é importante que a população sempre esteja atenta para as vacinas requeridas na carteirinha. Apesar de simples, esse ato é capaz de salvar vidas. Quando não prevenidas, diversas enfermidades podem, juntas, levar a quadros de saúde graves e de difícil identificação”.
Mudança de perspectiva
O levantamento mostrou uma mudança positiva em relação ao tema durante a pandemia – 27% dos entrevistados passaram a se informar mais sobre vacinas ou passaram a acreditar em sua importância para evitar doenças. Além disso, 90% afirmaram ter a intenção de tomar as vacinas recomendadas para a sua faixa etária em 2021.
Medos envolvidos
Além da desinformação, 18% dos entrevistados afirmaram ter medo de se vacinar ou vacinar familiares em tempos de pandemia, pois não sabem se é seguro sair de casa. O número sobe para 23% na faixa etária de 25 a 34 anos. Cerca de 10% das pessoas ouvidas preferem não sair agora, mesmo com os cuidados de prevenção e distanciamento social.
Outros receios também fazem parte do desafio da vacinação. Aproximadamente 26% dos entrevistados relataram sentir medo de possíveis efeitos colaterais graves e 22% temem os leves. Uma em cada cinco pessoas (20%) se preocupa com as condições de higiene do local onde é feita a imunização ou que a vacina não tenha sido armazenada corretamente.
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Fonte: Revista da Farmácia