Uma pesquisa realizada pela consultoria B2Mamy, a pedido da Organon, farmacêutica especializada em saúde feminina, ouviu 280 mulheres das classes C e D de todo Brasil, com idades entre 20 e 40 anos, para saber a quem recorrem quando têm dúvidas sobre contracepção e outros aspectos da maternidade e da saúde feminina. A maioria respondeu plataformas digitais (55,56%), depois médicos (41,21%) e, por fim, familiares e amigos (3,23%).
Para ajudar as mulheres a entenderem seus ciclos hormonais e o que deve ser observado em cada fase da vida, a Organon buscou a opinião de Mariane Nunes de Nadai, ginecologista e docente do curso de Medicina da USP.
Dos 10 aos 15 anos – Puberdade
“Nesta fase, é comum se perguntar quando é necessário se perguntar ‘quando a menina deve procurar o ginecologista pela primeira vez?’. A resposta é a partir do começo do desenvolvimento da puberdade, ou seja, do aparecimento de pelos e mamas”, explica Mariane.
O ginecologista pode explicar para a menina o que esperar dessa fase, chegar seu desenvolvimento e analisar se segue de forma regular, antecipado ou atrasado.
Dos 16 aos 20 anos – Início da vida sexual
“Havendo a iniciação da vida sexual, é muito importante que haja acompanhamento para o planejamento da contracepção, orientação contra IST [Infecções Sexualmente Transmissíveis] e instruções gerais quanto à prevenção de doenças e ao planejamento reprodutivo”, diz a ginecologista.
Dos 21 aos 35 anos – Planejamento reprodutivo
Neste período, é comum que a mulher tenha mais cuidados em relação à saúde e mais dúvidas sobre sua fase reprodutiva: se a menstruação está normal ou não, se é possível postergar o ciclo, como se preparar para engravidar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha que, a partir dos 25 anos, sejam realizados exames de rastreamento de câncer de colo de útero, como a coleta do Papanicolau, de sangue ou de ultrassom.
Dos 36 aos 59 anos – Check-ups anuais
“A partir dos 40 anos a mulher começa a ter algumas doenças que são mais prevalentes, como alterações de colesterol e diabetes e doenças da tireoide. Logo, o rastreio a estes males é muito importante a partir desta faixa etária, ou antes se a paciente tiver sintomas ou histórico familiar, e ainda como suporte à observação do corpo da paciente em relação à menopausa. Nem todas as mulheres necessitam de reposição hormonal, e seu uso deve ser individualizado na avaliação da mulher climatérica”, comenta a especialista. O câncer de mama é outra patologia que merece atenção.
Dos 60 anos em diante – Manter acompanhamento ginecológico
Após os 60 anos, a mulher precisa ter um acompanhamento completo junto ao ginecologista, pois é principalmente a partir dos 65 anos que se deve começar a rastrear osteoporose, ou até mesmo se a mulher tiver fatores de risco.
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Fonte: Revista da Farmácia