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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma desordem crônica, complexa e multifacetada do neurodesenvolvimento. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que, em 2019, aproximadamente 2 milhões de adultos apresentavam o transtorno no Brasil. Entre os sintomas, aparecem desatenção, impulsividade e hiperatividade.
A combinação desses fatores foi reconhecida como síndrome desde o início do século XX. Avanços no campo da neurociência cognitiva levaram a novos conceitos acerca da atenção da hiperatividade relacionados aos circuitos cerebrais.
Fabiano de Abreu, neurocientista, PhD e biólogo, comenta sobre estudos que mostram a redução de volume e funcionamento das substâncias branca e cinzenta do cérebro de pacientes com TDAH, relacionadas à atenção, planejamento cognitivo, processamento e comportamento.
“Recentemente, o papel do córtex pré-frontal foi relatado como de extrema importância devido a sua interconexão com outras áreas vitais, como núcleos causados e o cerebelo, que juntos estão envolvidos na regulação da atenção e do comportamento”, diz. É fundamental que sejam realizados trabalhos com diferentes profissionais que usem metodologias de pesquisa padronizadas e que possam ser comparadas com outros grupos de pesquisa. Atualmente, a teoria mais aceita para as causas do transtorno é a de que há uma disfunção da dopamina cerebral, neurotransmissor envolvido na regulação motora e circuitos motivacional e atencional. Ainda não há consenso sobre a definição exata e a quantificação das diferenças entre as atividades neuronais presentes em pacientes com ou sem TDAH.
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