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O crescimento do mercado de produtos pesquisados e fabricados a partir de plantas medicinais é visível. De acordo com dados publicados no jornal Gazeta Mercantil, este mercado está movimentando no mundo cerca de 17 bilhões de dólares, apontando para um crescimento de 10% ao ano. No Brasil, a movimentação é de aproximadamente 600 milhões de dólares anuais e, mesmo considerando a grande variedade de espécies, ainda são importados mais de 4 milhões de dólares em plantas medicinais.
Mas, o que muita gente ainda não sabe é que esses compostos naturais só devem ser utilizados quando prescritos por médicos especialistas: quando administrados em doses incorretas, ou podem não fazer qualquer efeito ou, pior, podem mesmo se tornar tóxicos para a saúde.
A automedicação é perigosa também para os fitoterápidos. O alerta é de Maria Izabel Lamounier de Vasconcelos, nutricionista que trabalha em parceria com o Instituto de Nutrição Humana – Ganep no desenvolvimento de projetos especiais; “diferentemente do que segue a crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de riscos, pois apesar de alternativos, os fitoterápicos não deixam de ser medicamentos e, por isso, devem ser prescritos por profissional qualificado”, afirma.
Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nova lista de fitoterápicos, determinando quais estão isentos de prescrição médica. “Esta nova lista é bastante abrangente, mas há um grande número de plantas que ainda não foram incluídas. A normatização é imprescindível para garantir a qualidade dos produtos. Periodicamente surgem novos estudos sobre plantas medicinais utilizadas em todas as partes do mundo, há milhares para o tratamento de doenças por meio de mecanismos muitas vezes desconhecidos”, explica Maria Izabel.