Você que é do ramo de varejo farmacêutico, provavelmente já ouviu – ou ainda vai ouvir – falar sobre a pré-alta em algum momento. Ela nada mais é do que o período antecedente ao aumento anual dos preços dos medicamentos, que acontece sempre no mês de abril.
Por ser um momento já esperado pelos empreendedores farmacêuticos, a pré-alta torna-se um período de muitas estratégias vantajosas para farmácias, podendo aumentar a lucratividade e o estoque da loja. Mas, antes disso, é necessário entender como ela ocorre.
Desde 2003, com a criação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED), ficou estabelecido por lei que os preços dos medicamentos tenham reajustes todos os anos. Esse valor é atualizado de acordo com a inflação do ano anterior, com o grau de concorrência do medicamento em questão e com a produtividade da indústria farmacêutica.
Para saber um pouco mais sobre esse momento e seus benefícios, conversamos com Alan Fernandes, farmacêutico e CEO da Rede Inova Drogarias. Alan conta que a previsão de aumento para 2021 se encontra entre 8% e 11%, mas que ainda é necessária uma análise cuidadosa, uma vez que o cenário atual é de grande incerteza.
Ele também completa: “Fato é que o Dólar e os custos das empresas produtoras aumentaram e isso, sem dúvida, impactou o mercado. Além desse cenário de aumento de custos, estamos em tempos de pandemia e estamos sujeitos à intervenção governamental sobre o tema.”
Existem maneiras de aproveitar melhor a pré-alta?
Alan Fernandes explica que essa pode ser uma resposta complexa, mas que uma boa gestão de estoque é o que melhor funciona. O ideal é que o gestor, numa ocasião de alta, planeje seu estoque de medicamentos de alto giro – aqueles com maior frequência de venda – para que a farmácia não fique sem estoque. Mas ainda assim deve-se evitar aumentar os gastos apenas para estocar produtos.
“Olhando o estoque de uma farmácia de forma mais ampla, os produtos que sofrem correção de preços mais rapidamente são os medicamentos de referência, correto? Esses representam o maior tíquete médio de custo e, por isso, faz mais sentido aplicar essa estratégia a eles. O cuidado deve sempre ser com o endividamento da loja. Pagar juros para fazer estoque é uma ação bem arriscada”, acrescenta o empresário.
Em um momento de pré-alta, pode vir à mente do gestor de farmácia a ideia de incentivar seus clientes a estocarem medicamentos, mas essa é uma ação que não deve ser feita de maneira alguma.
Alan afirma que “a Anvisa possui regulação específica que impede o impulsionamento de vendas de medicamentos (RDC 44/2009) que possam vir a induzir o seu uso indiscriminado. A ação, se executada e comprovada pela autoridade sanitária, expõe o farmacista de forma desnecessária.”
A Rede Inova pode ajudar o farmacista a identificar os medicamentos/laboratórios que oferecem as melhores oportunidades na pré-alta?
Se filiar a redes de farmácia gera muitos benefícios, além de ser uma tendência em crescimento. “A REDE INOVA DROGARIAS atua com os principais distribuidores e fabricantes do país. Temos uma grande lista de parceiros que desenvolvem negócios que se traduzem na queda, significativa, do custo de aquisição da farmácia”, conta Alan.
Ele ainda acrescenta: “Temos portais exclusivos, condições adicionais de descontos e, além disso, orientação para que a farmácia tenha informações que se traduzam em ações diretas para a melhoria das compras.”
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Fonte: Revista da Farmácia