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Homens que ingerem regularmente aspirina ou outros medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais apresentam níveis de PSA (antígeno prostático específico) significativamente menores, segundo estudo feito na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. O exame de PSA é usado para identificar a possibilidade de se desenvolver câncer de próstata.
De acordo com Agência Fapesp, a pesquisa será apresentada esta semana em Washington, na 7ª Conferência Anual Internacional sobre as Fronteiras da Pesquisa Preventiva do Câncer, organizado pela Associação Norte-Americana de Pesquisa do Câncer. O estudo envolveu 1.277 participantes submetidos a biópsia de próstata. Do total, 46% consumiam medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais, principalmente aspirina. Após ajustes para idade, raça, histórico familiar de câncer de próstata, obesidade e outras variáveis com efeitos independentes no tamanho da próstata, os cientistas verificaram a estreita associação.
Os resultados mostraram que os níveis de PSA eram, em média, 9% menores nos indivíduos que tomavam aspirina na comparação com aqueles que não ingeriam o medicamento. Níveis mais elevados de PSA sugerem maior risco de ter a doença, mas também podem indicar hiperplasia prostática benigna, um aumento não-canceroso do órgão. No entanto, um dos autores do estudo, o professor de medicina Jay Fowke, alertou que o uso de aspirinas ou de outros medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais pode prejudicar a detecção da doença.