A alemã Bayer ofereceu 336 coroas norueguesas por ação para assumir o controle da Algeta. O negócio avalia a fabricante norueguesa de medicamentos radioativos injetáveis para o tratamento do câncer em US$ 2,4 bilhões. A Algeta confirmou ter "recebido uma proposta preliminar de aquisição" da Bayer, enfatizando, ao mesmo tempo, que "não há certeza" da realização de uma transação. "As discussões estão em fase inicial e poderão ser feitos novos anúncios, se cabíveis, no devido tempo", informou em comunicado. A oferta representa um ágio de 27% em relação ao preço de fechamento das ações da Algeta na segunda-feira, de 264,60 coroas norueguesas, e contribuiu para puxar o valor dos papéis no começo do pregão de ontem para 346 coroas norueguesas. A iniciativa ocorre num momento em que a Bayer tenta fortalecer sua carteira de produtos consagrados e experimentais no segmento de produtos farmacêuticos, ao mesmo tempo em que explora a persistente expansão da demanda por produtos oncológicos. A empresa vem tentando expandir suas vendas após recentes reveses, como os atrasos deste ano do órgão regulador dos EUA para aprovar novas indicações para seu medicamento cardiovascular Xarelto. A Bayer já fez parceria com a Algeta no caso do medicamento Xofigo, para tratamento de câncer de próstata, que gerou US$ 17 milhões em vendas no terceiro trimestre após ser lançado nos EUA, neste ano. A companhia alemã arca com os custos de desenvolvimento, enquanto a Algeta compartilha custos e lucros sobre as vendas nos EUA. O grupo alemão planeja um lançamento gradual do Xofigo na Europa após sua recente aprovação pelos órgãos reguladores da União Europeia (UE). A Algeta tem parcerias com outros laboratórios farmacêuticos em torno de sua pesquisa e desenvolvimento de outros medicamentos para o tratamento do câncer em estágio inicial, à base de rádio 223 e tório 227. Entre seus investidores estão a Franklin Templeton, a Wellington Partners e o fundo de pensão nacional da Noruega. Fonte: Valor Econômico