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Boehringer estreita laços com o governo

Fonte: Valor Econômico

A multinacional alemã Boehringer Ingelheim está estreitando os laços com o governo federal para ampliar o acesso aos seus medicamento no Brasil. Por meio de uma parceria com o Ministério da Saúde, a farmacêutica deu início, em novembro do ano passado, a um programa de transferência de tecnologia de um importante medicamento para o combate à doença de Parkinson. Outros acordos nesse mesmo sentido estão em negociação.

Até o ano passado, o governo gastava R$ 80 milhões por ano com a compra do Sifrol, produzido pelo laboratório alemão para combater o mal de Parkinson. Por meio desse acordo de transferência de tecnologia, a redução de gastos chega a 54%. Em cinco anos, o Brasil será autossuficiente na produção desse medicamento, sem a necessidade de importação.

A companhia decidiu, há três anos, promover o diálogo mais aberto com o governo, abolindo de vez os escritórios de advocacia, que serviam como ponte nesse relacionamento. "Costuma ser uma prática muito comum entre as farmacêuticas no Brasil [escritórios de advocacia]. Nós decidimos manter um executivo em Brasília para promover essa aproximação", disse ao Valor Sérgio Pacheco, diretor da divisão de acesso a mercados da Boehringer Ingelheim no Brasil. "Isso nos permitiu explicar melhor nosso portfólio voltado para o Brasil", disse o executivo.

Com esse modelo de gestão implantado pela Boehringer no país, denominado Mapor (ou mercado de acesso), a companhia acredita que a relação com o governo fica mais objetiva e eficiente.

Na prática, as vendas diretas da companhia para o governo também cresceram desde a implantação desse novo modelo, passando de R$ 99 milhões em 2010 para R$ 125 milhões no ano passado, um incremento de 23%.

Essa aproximação já rendeu frutos à companhia e promessas de futuras parcerias. Até 2005, o único medicamento que a companhia vendia para o governo era o Viramu (nevirapiva), voltado para o tratamento de HIV. Hoje o leque se ampliou. Há negociações em curso para transferência de tecnologia para novas drogas e de uma versão mais atualizada do Viramu, que já não é mais vendido para o governo.

Além da transferência de tecnologia e um novo modelo de gestão, a empresa criou um programa, denominado promotores de acesso, para o combate à DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Por meio de acordos regionais (com Estados e municípios), a empresa treina agentes, contratados pela Boehringer, e facilita o acesso de pacientes ao exame de espirometria, para medir a função pulmonar para detectar a doença, que é considerada grave. Nos últimos três meses, a equipe da companhia auxiliou na realização de 16 mil exames, com o diagnóstico de mais de 11 mil pacientes. Por meio desse acordo, a empresa fornece o espirômetro e realiza os exames em hospitais públicos, prontos-socorros e clínicas.

Essa doença ocorre mais frequentemente em homens fumantes, sobretudo cima dos 40 anos. O tabagismo é o principal fator de risco para a doença, mas a maior parte dos fumantes desconhece a DPOC.

Iniciativas como essas são mais eficazes para detectar uma determinada doença e indicar tratamento adequado, afirmou Pacheco. Nessa mesma linha, a multinacional oferece treinamento para agentes comunitários da saúde sobre os primeiros sinais de AVC (acidente vascular cerebral) e orientações adequadas para o socorro dos pacientes.

Há 56 anos no Brasil, a Boehringer fatura cerca de R$ 1 bilhão no país. "Tivemos um crescimento de 15,3% sobre 2010, registrando o maior desempenho das indústrias do setor dedicadas a medicamentos de referência", afirmou Pacheco, com base nos dados da consultoria IMS Health.
Com negócios em saúde humana e animal, a empresa atua nas áreas de sistema nervoso central, cardiovascular, imunologia, oncologia e respiratória. Com fortes medicamentos isentos de prescrição, como o Buscopan, a companhia não tem interesse de entrar no segmento genérico.

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