Há cinco anos, a Roche esteve prestes a fechar sua fábrica no Brasil e chegou a colocar a unidade instalada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, à venda. A decisão fazia parte da estratégia global da farmacêutica suíça de se desfazer de ativos considerados pouco relevantes para o grupo, que nos últimos anos passou a se dedicar ao desenvolvimento de produtos biológicos. O fato é que o desempenho da subsidiária brasileira deixava a desejar, embora o Brasil ocupasse àquela época a 10ª posição em receita global. Passado o período mais turbulento, a empresa voltou atrás e abandonou, pelos menos temporariamente, os planos de sair do País. "O Brasil é um mercado importante e já estávamos presente aqui há quase 80 anos", disse o presidente da companhia do Brasi, Adriano Treve. "Atualmente, a Roche no País ocupa a 6ª posição dentro do grupo em faturamento e é a 3ª subsidiária com maior crescimento, atrás da China e Rússia", disse. A empresa tem comemorado os bons resultados conquistados nos últimos anos. Em 2012, a companhia encerrou com receita de R$ 2,23 bilhões, crescimento de 11% sobre o ano anterior. O lucro líquido ficou em R$ 164,3 milhões, alta de 45%. As perspectivas para este ano são avançar acima de dois dígitos. A unidade brasileira tornou-se estratégica para as exportações – 30% de seus medicamentos são comercializados para os países da América Latina e outros mercados. Essa unidade recebeu investimentos de cerca de US$ 70 milhões no início dos anos 2000 e também terceiriza a produção de medicamentos para outros laboratórios. Fonte: Valor Econômico