O Estado de São Paulo
Dados divulgados ontem pela Unaids alertam que um terço dos países mais pobres já começa a sentir dificuldades para manter seus programas de aids. A crise econômica mundial afeta a compra de remédios, em um primeiro sinal de como a recessão vai causar impacto no sistema de saúde.
Para a entidade, o corte nos programas ameaça os objetivos de expansão do acesso ao tratamento. A mortalidade anual por causa da aids deve aumentar. Em 11% dos 71 países avaliados – onde vivem 3,4 milhões de pessoas que recebem coquetel gratuito de antirretrovirais -, os cortes na distribuição de remédios já começaram. O Brasil não está entre eles. "Estamos vivendo um caos", diz a diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan. "Nos países ricos, as pessoas estão perdendo emprego. Nos países em desenvolvimento, a vida."