O Globo
Início do inverno no Hemisfério Norte será teste para autoridades
Começou ontem, em diversos países do Hemisfério Norte, a campanha de vacinação contra a influenza A (H1N1), também chamada de gripe suína. Em geral, a imunização contra a nova gripe ocorrerá em paralelo à normalmente aplicada contra a gripe sazonal. O início do inverno nos países do Norte será uma prova de fogo para as autoridades de saúde de todo o mundo. Vários especialistas haviam previsto uma nova e potencialmente perigosa epidemia da doença.
As gigantescas filas que se formaram já no primeiro dia da campanha nos EUA deixaram claro o grau de apreensão da população. O governo americano admitiu ontem que não haverá vacinas contra a gripe suína para 100% da população até dezembro, quando o inverno americano estará no auge e especialistas estimam que até 60% da população poderá contrair a doença.
A secretária de Saúde, Kathleen Sebelius, afirmou ao Comitê de Segurança Nacional do Congresso que não há hoje condições de atender a todos os americanos que desejarem se vacinar contra a gripe. Estimativas do governo dão conta de que, até o fim de outubro, apenas 30 milhões de vacinas estarão disponíveis nos EUA, o que está fazendo a população formar longas filas com esperas de três a quatro horas, pelo menos.
O Reino Unido começou ontem a vacinar os grupos considerados prioritários, que incluem profissionais de saúde e mulheres grávidas. A previsão é de que, ao longo das próximas semanas, II milhões de pessoas sejam vacinadas, prioritariamente as mais vulneráveis, como aquelas com HIV, câncer, problemas cardíacos, entre outras condições debilitantes, A China também deu início à sua campanha de vacinação.
Pelo menos 4.735 pessoas morreram em todo o mundo desde abril, quando um surto da gripe, causado pelo vírus H l NI foi detectado, primeiramente no México.