Conheça as três possibilidades de aplicação para a reserva de liquidez

Em essência, reservas de liquidez são necessárias para suportar os riscos e as incertezas do negócio, além de emprego no aproveitamento das oportunidades de investimento que surgirem. Por isso, as reservas devem estar aplicadas em ativos que ofereçam baixo risco de liquidez, isto é, aqueles que perdem pouco valor quando é necessário vendê-los “de uma hora para outra”.

Mas, o que é um ativo? Ativo é qualquer bem ou direito, no qual são gastos recursos em sua aquisição e manutenção, capaz de gerar benefícios futuros. Assim, são exemplos de ativos os depósitos bancários, as mercadorias que se espera vender ou ainda as instalações que são usadas nas operações de uma empresa.

Os ativos podem ser classificados em três tipos genéricos: monetários, financeiros e reais. Simplificando os conceitos, podemos dizer que os ativos monetários são, propriamente, moeda sob a forma de dinheiro em espécie ou conta corrente bancária (depósitos a vista); os ativos financeiros são aqueles que rendem juros, tais como os títulos públicos negociados no Tesouro Direto ou os CDB dos bancos; e os ativos reais são aqueles dos quais resultam aluguéis ou lucros para seu proprietário, como um imóvel ou uma empresa composta por estoque, instalações, etc.

Os ativos monetários não rendem juros, mas oferecem o benefício da máxima liquidez e, quando necessário, estão disponíveis para serem usados para realizar pagamentos sem perder valor. Os ativos financeiros, por sua vez, rendem juros, mas podem gerar perdas quando for necessário convertê-los em dinheiro. Isso porque os ativos financeiros costumam ter uma data de vencimento e, se precisarmos de dinheiro antes dessa data, é preciso negociar com o devedor uma antecipação do resgate da dívida ou encontrar um investidor/financiador que queira comprá-los de nós. Exemplo muito prático e comum de ativos financeiros que perdem valor quando são negociados antes do vencimento são os recebíveis de cartões de crédito antecipados junto aos bancos.

Os ativos reais são aqueles que tendem a apresentar a maior perda de valor quando for necessário convertê-los em dinheiro. Para exemplificar, basta lembrar o quanto, comumente, é difícil vender um imóvel ou uma empresa sem ter que oferecer um bom deságio em favor do comprador. Por isso, jamais deve-se manter reservas de liquidez aplicadas em ativos reais, pois apresentam elevado risco de liquidez. A parcela da reserva de liquidez destinada ao aproveitamento de oportunidades de compra de ativos reais necessita ser bem dimensionada, pois, uma vez realizada a compra, ela perde sua característica de reserva líquida.

É intuitivo concluir, então, que as reservas de liquidez devem permanecer aplicadas em ativos financeiros, sendo pequena parte mantida em ativos monetários disponíveis para uso imediato.

Por Jorge Alves

Consultor financeiro

Fale com Jorge: jwluizalves@gmail.com

 

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Viviane Massi
Jornalista especializada em Varejo Farmacêutico, área em que atua há 15 anos.
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