O programa É De Farmácia do dia 10 de dezembro contou com a presença da fundadora e CEO do aplicativo para vendas online Remedin, Claudia Amaral, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS).
Mundo mais tecnológico estimula e-commerce
Com o avanço da tecnologia, a tendência é que cada vez mais as pessoas realizem diversas ações na internet e nos aplicativos. Já existem pesquisas que afirmam que existe uma média de dois celulares por pessoa no Brasil, e as taxas de e-commerce crescem 13% ao ano.
“É um crescimento muito grande, afinal está se falando em dois dígitos. Cresce, inclusive, mais que o setor farma. Cada vez mais as pessoas estão comprando por aplicativos e computadores, pois elas estão perdendo o medo de fazer isso”, revela Claudia.
Motivação para criação do aplicativo
Claudia não trabalhava na área da saúde antes de fundar a startup, até que um dia teve dificuldade de encontrar uma farmácia aberta de madrugada por conta de uma crise de asma. “Comecei a me questionar o motivo de, num mundo tão conectado, não ter uma ferramenta que faça essa venda online”, explica.
A partir dessa curiosidade, começou a pesquisar o mercado e descobriu que havia uma demanda por parte dos consumidores de serem atendidos de forma mais rápida e eficiente. “Pesquisamos vários padrões de farmácia, desde a pequena até a grande rede, e percebemos que as independentes têm muitas dores a serem resolvidas”, diz Claudia.
Como funciona o Remedin?
A vice-presidente da ABSS conta que o principal objetivo do Remedin é dar mais competitividade para as farmácias e drogarias independentes. Por isso, para oferecer um serviço de qualidade para os consumidores, usa a geolocalização.
“Pela localização do GPS do aparelho do usuário, as farmácias cadastradas no entorno, que são conectadas ao nosso sistema em poucos segundos, mostram o menor preço”, explica.
O fluxo interno da farmácia é trabalhado no aplicativo – os pedidos são direcionados ao sistema de cada estabelecimento que já trabalha com entrega própria. Atualmente, o trabalho é feito em toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Além disso, o sistema de pagamento está sendo alterado, para que possa ser feito diretamente no aplicativo, como o Uber, por exemplo.
Diferenciação de outros aplicativos
Existe uma concorrência de aplicativos neste nicho, mas Claudia explica o diferencial do Remedin: “Nós somos um marketplace que concentra várias farmácias no mesmo lugar. É diferente de ter um aplicativo da farmácia A, B ou C. Mapeamos as farmácias de todo o Brasil, embora não estejamos conectadas com todas, mas podemos dizer qual é a mais próxima a você e como falar com ela”.
A agilidade da informação e da entrega também é um fator decisivo para o aplicativo, cuja média são 30 minutos.
Novas atualizações
Atualmente, o Remedin está fazendo uma parceria com outra startup, que desenvolveu um aparelho que transforma qualquer televisão em smart TV. “Neste momento, o aplicativo está sendo testado em televisões para que as pessoas de baixa renda ou idosos, por exemplo, não precisem instalá-lo em celulares”, conta Claudia.
Vantagens do Remedin para as farmácias
Para que as farmácias sejam aprovadas para participar do Remedin, elas precisam minimamente se qualificar. “É preciso que elas arrumem o próprio estoque. Dessa forma, é possível trabalhar para aumentar o número de clientes que já possuem”, afirma a CEO.
Informações sobre ABSS
A Associação, que foi criada recentemente, tem como objetivo desenvolver soluções para a área de saúde ao mapear iniciativas e consolidá-las. “Hoje temos um Rio de Janeiro perdido em meio a São Paulo, Santa Catarina, Recife. O objetivo principal é entregar mais saúde por meio da inovação e das startups que fazem o movimento acontecer”, finaliza Claudia.
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Fonte: Revista da Farmácia