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Notícias
19 de setembro de 2012.
Compra de laboratório gaúcho, realizada este ano, ajudará a aumentar presença na classe C Apenas nove meses depois da aquisição global da Nycomed, que teve como um dos efeitos o fortalecimento da presença da Takeda no Brasil, a companhia japonesa resolveu comprar o laboratório gaúcho Multilab. O negócio, que foi concretizado julho deste ano, deu à Takeda uma nova fábrica, acrescentou os medicamentos genéricos ao portfólio e, de quebra, colocou a empresa entre os dez maiores laboratórios do país, segundo ranking da consultoria IMS. “Ter feito essa aquisição em tão pouco tempo depois da incorporação da Nycomed é só mais um sinal de quanto o Brasil está na mira da Takeda”, afirma Giles Platford, presidente da empresa no Brasil. Apesar disso, o executivo afirma que novas compras não estão nos planos. “Queremos primeiro consolidar essa integração, para garantir que ela seja bem sucedida”, diz. “Apesar disso é parte da filosofia da Takeda sempre se manter atenta às oportunidades existentes em seus principais mercados.” Ao comprar a Multilab, em um negócio de R$ 540 milhões, a Takeda tinha como principal objetivo aumentar a presença entre a classe C, responsável por 40% das compras de medicamentos no Brasil. “É um público que busca remédios de qualidade, mas que precisa ter um preço mais acessível, o que sempre foi a especialidade da Multilab”, afirma Platford. Além dos genéricos, o portfólio da companhia gaúcha contém diversos medicamentos isentos de prescrição, como o antigripal Multigrip, o mais vendido do país, sobretudo pela forte presença na região Nordeste. Nos próximos 18 meses, a Multilab deve lançar entre 10 e 20 novos medicamentos genéricos. “É uma média agressiva, que queremos manter nos próximos anos”, diz Platford. Farmácias Outro fator que contou a favor para o negócio foi a capilaridade da distribuição da Multilab. “Eles conseguem chegar a redes independentes e farmácias de menor porte, o que é importante também para os principais produtos de nosso portfólio”, diz o executivo. A rede de distribuição da Multilab é muito forte no Nordeste, onde o movimento de consolidação do varejo farmacêutico, com as fusões e aquisições que acabaram dividindo o mercado em poucas grandes redes, ainda avançam de modo mais lento. Segundo Platford, a aquisição da Multilab é uma maneira de contornar os possíveis problemas enfrentados pela indústria com a consolidação do varejo. “Essas empresas ficam com maior poder de negociação, e para equilibrar isso, precisamos terumportfólio bastante amplo. Conseguimos isso, porque os produtos da Multilab são complementares aos da Takeda.” Fonte: Brasil Econômico