Consumo de tadalafila dispara 2.000% no Brasil

Uso do medicamento para fins não médicos, como "pré-treino", levou a Anvisa a proibir versões em gummies.
Consumo de tadalafila dispara 2.000% no Brasil
Foto: Divulgação

Nos últimos nove anos, o Brasil assistiu a uma escalada impressionante no uso da tadalafila, medicamento inicialmente criado para tratar a disfunção erétil. Conforme dados da Anvisa, as vendas saltaram de 3,2 milhões de unidades em 2015 para 64,7 milhões em 2024 — um crescimento de quase 2.000%.

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Esse fenômeno vai além do desejo de melhorar o desempenho sexual: tornou-se tendência adotá-lo como “estimulante físico”, prática reforçada por influenciadores digitais e por versões em balinhas (gummies), recentemente vetadas pela agência.

O uso da tadalafila deixou o consultório de urologia e ganhou popularidade nas redes sociais como um suposto “pré-treino milagroso”. A promessa é de maior irrigação sanguínea e melhor rendimento nos exercícios, o que motivou o surgimento de produtos à base de tadalafila em formato de balinhas. Essa forma de comercialização, sem controle adequado, levou a Anvisa a proibir os gummies na última quarta-feira (14/05).

Leia também: Cresce a comercialização de genéricos em 2025

Embora a dose máxima recomendada seja de 20 mg diários, o uso indiscriminado — especialmente entre jovens que buscam aprimorar o físico — acende um alerta vermelho. Exageros podem desencadear complicações cardiovasculares, como hipotensão súbita e arritmias, e tornar fatal a combinação com nitratos, presentes em tratamentos cardíacos. A insegurança e a adesão a modismos criam uma falsa sensação de melhoria, mas expõem vidas a riscos reais.

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Assim como ocorre com o sildenafil (Viagra), a tadalafila pode provocar dores de cabeça, congestão nasal e rubor facial. A diferença está na duração: seus efeitos podem persistir por até 24 horas, mas isso não se traduz em maior segurança. Especialistas reforçam que o uso só deve ocorrer com prescrição médica, respeitando as indicações aprovadas — atalhos e tendências da internet não substituem orientação profissional.

Fonte: CFF

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