O Estadão noticiou hoje, 21 de fevereiro, que a maior rede de varejo farmacêutico americana, a CVS, estuda deixar o mercado brasileiro. A entrada no País ocorreu em 2013, com a compra da rede Onofre.
Ainda que seu faturamento anual seja de quase US$ 200 bilhões por ano, a CVS começou a buscar bancos de investimentos para tentar vender a rede brasileira. Isso se dá após uma tentativa falha de expandir a marca e tentar concorrer com a Raia Drogasil e a DPSP.
De acordo com a apuração feita pelo Estadão, a rede americana estaria disposta a vender a Onofre por um valor inferior ao que pagou quando entrou no Brasil. Na época, o valor foi pouco mais de R$ 700 milhões, pago para a família Arede, fundadora da Onofre em 1934.
Enquanto a CVS segue faturando US$ 194,8 bilhões nos Estados Unidos em suas 10 mil lojas, no Brasil a empresa não alavancou os negócios da Onofre – antes de ser comprada, ocupava a 8ª posição no setor. Em 2016, desceu para o 17º lugar e no ano seguinte, não apareceu na lista das 20 maiores redes, segundo dados da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Outro fator que tem influência sobre a decisão de venda é o impasse com a família fundadora da Onofre, que chegou a ir à justiça em 2016. Depois de fecharem o negócio, a CVS descobriu passivos trabalhistas e fiscais que não foram apresentados na época da negociação.
O presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, afirma que a tentativa de entrar no mercado brasileiro não faz sentido para a CVS. “O mercado de varejo farmacêutico no Brasil movimenta cerca de US$ 20 bilhões, enquanto a CVS fatura quase US$ 200 bilhões sozinha”, explica.
Fonte: Revista da Farmácia