Quem produz medicamentos se depara com o fantasma constante das expirações das patentes, em geral, 20 anos após o pedido inicial. Nesse setor, o custo da tecnologia é muito mais alto do que o de produção. Quando um produto, por força de lei, perde a patente, seu preço despenca, para evitar o desastre no balanço financeiro, a farmacêutica tem então de criar novos produtos. É preciso patentear mais e mais. "As empresas estão sempre famintas por novos produtos", diz o vice-presidente de pesquisa da Merck, Luciano Rossetti. "Um desafio é ao mesmo tempo ter musculatura para manter vários testes clínicos e também seletividade, você não pode sair atirando para todos os lados”, conclui. A imuno-oncologia tem sido uma sensação nos departamentos de pesquisa das empresas, mas especialistas apontam que suas façanhas ainda são limitadas. "Que essas drogas funcionam é fato. Mas precisamos saber melhor para quais pacientes e para quais tumores", afirma o oncologista Fernando Maluf. Fonte: Folha de S. Paulo