O Estado de S. Paulo
A Teuto não desperta só o interesse da Pfizer. Pelo menos outros dois laboratórios participam da mesa de negociações. A britânica GlaxoSmithKline é um deles. A empresa tem se esforçado para entrar na área de genéricos no País, um segmento que cresce 23%, contra 14% do mercado de medicamentos em geral. No ano passado, a multinacional sondou, sem sucesso, a brasileira Aché com a intenção de uma aquisição. A Aché também está na disputa. Nesse caso, os atrativos da Teuto são um grupo de cerca de 100 registros de moléculas na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – nesse grupo, algumas devem vingar e se tornar medicamentos nos próximos anos – e o modelo de distribuição pulverizado entre pequenas farmácias de bairro. A disputa pela Teuto é um símbolo do atual momento de euforia do setor farmacêutico, em que as estrangeiras querem aumentar sua presença no país e as nacionais, fortalecidas na última década com o crescimento dos genéricos, defendem-se desse avanço.