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Drogas para prevenir câncer são ignoradas

Jornal do Brasil

Muitas pessoas não pensam duas vezes em tomar remédios para prevenir doenças cardíacas. No caso de câncer, a história é diferente. Existem remédios que comprovadamente previnem o câncer e mesmo assim costumam ser ignorados.

Tomemos como exemplo o câncer de próstata, com 190 mil casos diagnosticados por ano e 27 mil mortes anuais decorrentes da doença, só nos Estados Unidos. Um grande e rigoroso estudo descobriu que uma droga genérica, chamada finasterida, poderia evitar cerca de 50 mil casos por ano. Outro estudo descobriu que outra droga, a dutasterida, tem o mesmo efeito. Apesar disso, elas são pouco usadas.

Muitos especialistas em câncer e saúde pública dizem que mais atenção deve ser atribuída à prevenção.

Mas, como mostra a questão das drogas para a próstata, as pessoas não parecem inclinadas a tomar pílulas anticâncer, ou não se mostram realmente convencidas de que elas funcionam, ou nem as conhecem.

Ian M. Thompson Jr., presidente do departamento de Urologia do Centro de Ciência da Saúde da Universidade do Texas em San Antonio, considera uma tragédia uma descoberta científica bem definida que não é adotada pela população.

As empresas, por sua vez, dizem que não é economicamente interessante passar décadas desenvolvendo drogas para prevenir o câncer. O melhor plano de negócios parece ser buscar drogas para tratar a enfermidade.

E câncer de próstata não é o único exemplo. Cientistas têm o que consideram evidência definitiva de que duas drogas podem reduzir o risco de câncer de mama pela metade. Mas a maioria dos médicos ignora solenemente as descobertas.

Em 1990, o pesquisador Victor G. Vogel estava na empresa farmacêutica em M.D. Anderson e acreditava que mudaria o mundo.

Pode ser possível, pensou, prevenir muitos casos de câncer de mama em mulheres com alto risco de desenvolver a doença, grupo que inclui todas as mulheres com mais de 60 anos, idade em que o risco aumenta muito.

Vogel fazia um estudo com 13 mil mulheres predispostas a desenvolver a doença. O estudo ia testar uma droga, tamoxifeno, substância antiestrogênica amplamente usada para tratar mulheres com câncer de mama, para saber se ela atuaria de forma preventiva.

Em 1998, já havia resultados.

O tamoxifeno reduziu o risco de câncer de mama pela metade. Estudos semelhantes no Reino Unido e na Itália, também envolvendo mulheres com alto risco que não tinham câncer de mama, chegaram a conclusões semelhantes.

E as mulheres não tinham que tomar a droga por toda a vida – elas precisavam apenas de cinco anos de terapia.

Mas, para surpresa de Vogel, "o mundo disse: e daí?". As vendas de tamoxifeno, em todo o mundo, não vingaram.

Talvez, diz Vogel, o problema tenha sido o fato de residentes e ginecologistas não se sentirem confortáveis prescrevendo uma droga usada para tratar pacientes com câncer de mama. Então, em 1999, ele teve a chance de fazer outro estudo de prevenção de câncer de mama, dessa vez com uma droga para a osteoporose, raloxifeno, que não tem o estigma de ser uma droga para câncer. O objetivo era compará-lo com tamoxifeno.

O estudo de US$ 110 milhões, envolvendo 19 mil mulheres, terminou em 2006. As duas drogas foram igualmente eficazes na prevenção d

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