Maxpress
O EMEA (Agência de Medicamentos da União Européia) acaba de aprovar a ampliação do uso do anti-retroviral raltegravir para pacientes soropositivos que nunca se submeteram antes a tratamento contra AIDS. A recomendação da terapia para novos pacientes é aprovada também nos Estados Unidos e, no Brasil, está em fase de análise pela ANVISA. A Merck Sharp & Dohme, fabricante do medicamento, espera que o processo de registro da nova indicação esteja aprovado no próximo ano.
Atualmente, o raltegravir é administrado no Brasil apenas aos pacientes em estágio avançado de tratamento. Uma das principais características do anti-retroviral, que inaugurou uma nova classe de medicamentos para portadores do vírus HIV, é a segurança e eficácia.
O parecer do EMEA, liberando o uso da medicação para o grupo de pacientes soropositivos que ainda não iniciaram tratamento, foi baseado em três estudos clínicos, que se encontram na fase II (ensaios clínicos com grande número de participantes). Um dos estudos, divulgado na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS), em Cape Town, África do Sul, revelou que a medicação manteve a carga viral em níveis indetectáveis em 78% dos 198 portadores de HIV/AIDS que participaram da pesquisa.
Para o vice-presidente sênior e gerente geral de doenças infecciosas da Merck & Co.,Patrick Bergstedt, a ampliação da indicação representa um importante avanço aos pacientes no tratamento e controle da doença. "A disponibilidade de raltegravir para pacientes soropositivos nunca antes tratados permite que se adote uma terapia adicional e inovadora desde o início do tratamento", ressalta.