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A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) promoveu, em 13 de agosto, um novo Encontro Setorial em sua sede no Centro de São Paulo. Desta vez, o foco das discussões foi o setor farmacêutico.
Segundo a Superintendente de Marketing da ACSP, Sandra Turchi, o evento, ainda em fase experimental, tinha como objetivo reunir empreendedores do setor para divulgar informações relevantes, mostrando que a ACSP também contribui com a área.
“Além de nos aproximarmos desse grupo, entendemos que encontros como esse possibilitam que um número maior de empreendedores tenha acesso às informações estratégicas de seus mercados, sempre passadas por profissionais altamente qualificados, o que permite a melhor compreensão das necessidades atuais de consumidores específicos, como traçar as novas estratégias de seus negócios”, afirmou Sandra. Em seguida, o sócio-diretor da Data Popular, Renato Meirelles, falou sobre o “varejo para baixa renda”, destacando a importância de os empreendedores conhecerem melhor os atuais dados de consumo da população, em especial os da nova classe média brasileira (reunião das classes C, D e E), que corresponde hoje a 85% da população e movimenta R$ 760 bilhões ao ano. Ele lembrou, ainda, que de 2007 para 2008 houve um aumento de 182% de farmácias populares, comprovando o maior poder de consumo dessa camada social e a mudança de seus hábitos de compra.
Em seguida, o gerente da Unidade de Pessoa Física da ACSP, Paulo Capoletti, abordou o “ciclo do crédito para o setor farmacêutico”. Durante a apresentação, o executivo mencionou como a ACSP pode contribuir com o setor, em especial por meio das soluções SCPC que auxiliam na administração dos riscos na concessão de crédito feita pelos estabelecimentos.
A palestra apresentada pela sócia-diretora da Alia Consultoria de Marketing, Beth Furtado, teve como tema “o consumidor contemporâneo e as tendências no varejo farmacêutico e cosmético". No material apresentado, ela revelou algumas das principais mudanças ocorridas na sociedade e, consequentemente, nas necessidades dos consumidores.
Um dos exemplos utilizados para ilustrar essa situação foi o fato de atualmente existirem seis milhões de pessoas morando sozinhas no país. Segundo Beth, isso gera muitas oportunidades de negócios em diversas áreas, inclusive para o setor farmacêutico. A executiva ressaltou, também, que as atitudes das pessoas estão cada vez mais oscilantes, ao estilo “um dia é uma coisa, no outro é completamente diferente”, além do fato de estarem cada vez mais ligadas às sensações.
“Também não se deve esquecer de que muitas vezes as pessoas compram sem necessidade daquele produto ou serviço, e o fazem porque querem novidades, inovações. Portanto, a indústria, os produtos e o próprio comércio (varejo) precisam estar atentos a isso, pois poderão ampliar a oferta de produtos e serviços, e gerar novos negócios e receitas”, afirmou Beth. Ao finalizar, a executiva fez questão de reforçar um conceito que, de acordo com ela, não pode ser esquecido pelos empreendedores: varejo é um negócio de pessoas. De, por e para pessoas.