Para a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), dois pontos devem movimentar o mercado farmacêutico em 2018. Um é o contexto político, que pode impactar diretamente as negociações relacionadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular. Outro são as projeções em relação ao aumento no preço de medicamentos que, na opinião do presidente da entidade, Edison Tamascia, não deverá ser muito expressivo.
Segundo ele, a tendência de alta nas vendas ainda deverá ser mantida em 2018. “Acredito que manteremos a faixa de crescimento obtida em 2017, em função do fato de nunca projetarmos um aumento muito alto nos preços de medicamentos”, avalia. A entidade, que conta com 9.194 lojas afiliadas de 56 redes associadas, presente em 26 estados, registrou um faturamento de R$ 6,6 bilhões em 2017, um aumento de 27,7% em relação ao ano anterior. Também contabilizou um aumento de 20,7% no número de unidades vendidas, num total de 331,4 milhões. Contudo, o executivo alerta que é preciso muito cuidado por parte dos administradores das farmácias, principalmente das independentes, em da expansão das grandes redes.
“Os proprietários de farmácias têm um desafio enorme pela frente, precisando se adaptar às novas características que o mercado impõe. O que se observa é que o varejo independente está encolhendo e não reagindo à altura. O caminho para essas lojas está no associativismo, desde que essa adesão realmente possibilite a qualificação dos modelos de gestão”, finaliza Tamascia. O modelo ultrapassa limite das compras coletivas e fornece às redes associadas ferramentas modernas de gestão, que possibilita que os gestores das redes e das lojas estejam aptos a competir nesse importante mercado.
Fonte: Panorama Farmacêutico