Fibromialgia é a maior causa de dor crônica generalizada no Brasil

No dia 17/10, comemora-se o Dia Mundial de Combate à Dor. Atualmente, 37% da população do país convive com algum tipo de dor crônica, de acordo com dados da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). Nesse cenário, a fibromialgia aparece como uma das principais causas, sendo uma das condições mais atendidas no consultório do reumatologista, onde representa mais de 10% dos diagnósticos. “A doença está presente em até 2,5% da população brasileira, com predomínio no sexo feminino, principalmente entre os 35 e 44 anos”, aponta a reumatologista Themis Torres, da Secretaria Municipal de Saúde, na capital paulista.

A fibromialgia é um transtorno de dor crônica generalizada que traz grandes impactos na qualidade de vida do paciente. “Em alguns casos, até um abraço pode doer. É como se o sistema cerebral que regula a dor ficasse supersensível aos estímulos externos”, pontua o fisiatra Patrick Stump, do Centro de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da USP. E embora a doença seja mais comum a partir dos 35 anos, também há casos em pessoas mais jovens e, até mesmo, em crianças a partir dos 4 anos e adolescentes. “A causa da doença ainda não é bem estabelecida, mas sabe-se que ela é mais frequente em indivíduos de uma mesma família”, afirma o neurologista Antônio Damin, do A. C. Camargo Cancer Center.

Sintomas e diagnóstico

É comum que pacientes com fibromialgia passem por muitos especialistas antes de descobrirem a doença. Isso porque os exames laboratoriais e de imagem não acusam anormalidades, fazendo com que o diagnóstico seja baseado exclusivamente na análise médica. “Para reduzir essa jornada, é importante que clínicos gerais e médicos da família estejam bem treinados para reconhecer a fibromialgia”, ressalta Damin. “Outra dificuldade que observamos começa na casa do paciente. Muitos são desacreditados quando se queixam de dor generalizada e não recebem o apoio necessário para buscar ajuda”, completa Stump.

 

O principal sinal de alerta para a procura do médico é a dor difusa em diversas partes do corpo, sem causa aparente, por mais de três meses. “Sintomas como cansaço, sono ruim, esquecimentos e falta de concentração também são atribuídos a pacientes com fibromialgia”, elenca Themis. Além disso, também é muito comum que a ansiedade e depressão estejam associadas à doença. “Nem todo paciente apresenta transtornos psiquiátricos, mas fibromiálgicos têm uma chance três vezes maior de desenvolver depressão do que a população em geral”, afirma a reumatologista.

É possível viver bem

O primeiro passo para conviver com a fibromialgia e manter uma boa qualidade de vida é a informação. “É importante que o paciente entenda a doença. Assim, as chances de adesão às terapias e aos medicamentos aumenta, trazendo mais progresso”, ressalta Stump. O tratamento medicamentoso consiste na administração de antidepressivos e anticonvulsivantes, como a duloxetina e a pregabalina.

“Além disso, a atividade física aeróbica é de grande ajuda, pois traz efeito analgésico importante”, pontua Themis. Muitas vezes, o paciente precisará aguardar o efeito dos medicamentos para conseguir fazer exercícios. “O indicado é que a prática seja iniciada gradualmente, respeitando seus limites e progredindo de acordo com sua capacidade” diz Stump. “Nesse sentido, fisiatras e fisioterapeutas podem ajudar. Por se tratar de uma doença complexa, quanto mais multidisciplinar for o tratamento, melhor será a resposta do paciente”, finaliza o especialista.

Fonte: Libbs Farmacêutica

Foto de Viviane Massi
Viviane Massi
Jornalista especializada em Varejo Farmacêutico, área em que atua há 15 anos.
Você precisa de ajuda com este assunto?
Receba nossos conteúdos
Assine nossa newsletter e receba em seu e-mail notícias e comunicados importantes sobre o varejo farmacêutico e seu cadastro na Ascoferj.

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba as principais notícias direto no celular

Veja também os seguintes artigos

Renovação é obrigatória para todos os estabelecimentos credenciados, inclusive aqueles com conexão suspensa ou em fase de monitoramento....
Justiça considerou ilegal a exigência do documento para farmácias, drogarias e distribuidoras....
Setor de alimentos para fins especiais também apresenta alta no consumo de concentrados de proteínas e em contratações...
Nova unidade oferece um amplo mix de produtos, com destaque para cosméticos e perfumaria....
Em entrevista à Ascoferj, Gilberto Sartori, fundador da rede, relembra o início da rede e destaca projetos para o segundo semestre de 2025....
Empresas que se destacam são aquelas que sabem equilibrar inovação tecnológica com a humanização no atendimento ao cliente....
Não existem mais artigos relacionados para exibir.

Saiba onde encontrar o número da matrícula

Todo associado, além do CNPJ, possui um número de matrícula que o identifica na Ascoferj. Abaixo, mostramos onde encontrá-lo no boleto bancário. Você vai precisar dele para seguir em frente com a inscrição.

BOLETO BANCÁRIO BRADESCO

Encontre em “Sacador / Avalista”.

boleto bradesco contribuição

BOLETO BANCÁRIO SANTANDER

Encontre em “Sacador/Avalista”.

boleto santander contribuição

Comunicado importante

Informamos que, devido aos feriados nacionais, nos dias 18 e 21, e ao feriado estadual, no dia 23 de abril, a Ascoferj não funcionará. No dia 22 de abril, o atendimento será realizado de forma remota, das 9h às 17h.

👉🏼 As atividades serão retomadas de forma presencial na quinta-feira, dia 24, a partir das 8h.