Guia da Farmácia
Documento prevê iniciativas relacionadas à produção da vacina de febre amarela e à área de ensino
Uma carta de intenções entre a Fiocruz e o Ministério da Saúde da Argentina será assinada nesta quinta-feira (17/12), às 10h, com as presenças dos ministros da Saúde brasileiro e argentino, José Gomes Temporão e Juan Luis Manzur, respectivamente, e do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha. O principal ponto do documento é a possibilidade de transferência de tecnologia do Brasil para a Argentina para a produção da vacina contra a febre amarela. A vacina de febre amarela produzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), pré-qualificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é exportada para mais de 50 países. A carta de intenções também inclui a área de ensino. Nesse campo, a Fiocruz já organizou dois mestrados para equipes da Administración Nacional de Laboratorios e Institutos de Salud Dr. Carlos G. Malbrán (ANLIS): biologia molecular, celular e biotecnologia; e epidemiologia, estatística e métodos quantitativos. Os cursos, iniciados em 2008, foram desenhados para dar suporte à área de desenvolvimento tecnológico e de pesquisa da entidade Argentina. Além disso, a Fiocruz também assessorou a ANLIS na elaboração de seu Plano Estratégico para o período 2008-2011. Outro destaque das relações entre a Fundação brasileira e a Argentina é a cooperação na área de bancos de leite humano. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Fiocruz, está dando apoio técnico ao governo argentino para que um projeto similar seja implantado naquele país. Em outubro passado, técnicos e pesquisadores brasileiros organizaram um curso sobre processamento, controle e qualidade de leite humano. A capacitação foi dirigida a obstetras, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais que já atuam em bancos de leite na Argentina.