Gazeta Mercantil
A GlaxoSmithKline anunciou que irá divulgar as comissões que paga para médicos europeus por aconselhamento à companhia, e irá expandir a divulgação nos Estados Unidos, à medida que as empresas farmacêuticas enfrentam críticas a respeito de suas ligações com os profissionais da medicina.
A Glaxo divulgará os pagamentos para pesquisadores dos EUA e suas instituições acadêmicas para estudos que custeará a partir de 2010, disse a companhia em informe de ontem. A empresa do setor farmacêutico pretende expandir o programa para incluir pagamentos para outros tipos de pesquisa e também dinheiro gasto fora dos EUA. Em 2008, concordou em divulgar as comissões pagas a médicos dos EUA e outros profissionais de saúde.
Pfïzer, Eli Lilly e Edwards Lifes-ciences anunciaram medidas similares nos EUA, onde os legisladores lançaram um projeto de lei em janeiro que criará um registro nacional para rastrear pagamentos efetuados para médicos. A Glaxo, com sede em Londres, está entre as primeiras a aplicar a política para a Europa e instituições fora dos EUA.
Nove entre 10 médicos nos EUA aceitam presentes como almoço ou amostras grátis de medicamentos, informaram as pesquisadoras que entrevistaram 1.662 médicos em seis especialidades, em um artigo de abril de 2007 no New England Journal of Medicine. Mais de um terço dos pesquisados eram reembolsados por despesas decorrentes do comparecimento a reuniões médicas, e 28% recebiam pagamentos por consultas, por falar a respeito de medicamentos específicos ou atuar em um conselho consultivo.