Valor Econômico
Na vitrine desde o ano passado, as farmacêuticas nacionais viraram alvo de grandes multinacionais, que voltaram a se movimentar a partir de 2009, estimulando nova onda de consolidação. Os países emergentes, entre eles o Brasil, tornaram-se a bola da vez para investimentos dessas companhias, mas ao contrário dos últimos anos, alguns dos grandes laboratórios brasileiros, antes focos preferenciais, agora estão na disputa, de igual para igual, em operações de fusão e aquisições.
Capitalizadas, as grandes farmacêuticas nacionais estão investindo em aquisições dentro e fora do país, mas o fôlego dessas empresas no longo prazo dependerá da capacidade de captação de recursos para bancar essa expansão. Uma das principais estratégias é a abertura de capital, o que muitos laboratórios nacionais já cogitam, como os casos da Aché, Eurofarma e EMS, mas as decisões ainda serão no longo prazo.
O foco dessas companhias será por um bom tempo os emergentes, uma vez que o acesso a medicamentos nessas regiões tem crescido mais do que em mercados maduros, e em genéricos, disse Madasi, com base nos estudos de tendências que a Price projeta para os próximos anos.
Atualmente, somente a Hypermarcas possui ações em bolsa – mas vale lembrar que a companhia tornou-se uma das maiores farmacêuticas, mas originalmente não era uma empresa desse setor.
A ida das nacionais à bolsa é uma questão de tempo, segundo analistas. Procuradas, as principais companhias informaram que têm planos, mas não há passos concretos ainda nesse sentido.