Para tentar reduzir os prejuízos causados aos pacientes por conta da greve dos caminhoneiros, a INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) articula junto ao Ministério da Saúde alternativas para minimizar o desabastecimento de medicamentos no País.
“O objetivo é resolver o problema o mais rápido possível. Os pacientes não podem ser prejudicados por causa da greve. O acesso à saúde não é bloqueado nem em situação de guerra”, explica o presidente-executivo da INTERFARMA, Pedro Bernardo.
Ontem (29/05), a INTERFARMA encaminhou as primeiras contribuições ao Chefe de Gabinete do Ministério da Saúde, Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, para que fossem apresentadas durante a reunião do comitê de monitoramento da greve realizada nesta manhã.
O grupo é formado por representantes dos Ministérios da Saúde, Segurança Pública, Defesa, Transportes e Trabalho. Abaixo algumas das ideias enviadas:
- Carga de medicamento deve ter identificação específica para “Transporte de Medicamentos”. A identificação precisa ter fácil visualização para que seja claramente entendida pelo comando da greve e lideranças dos pontos de bloqueios de caminhões;
- O alerta para a identificação de cargas de medicamentos precisa ser amplamente comunicado pelo Governo às lideranças do movimento e para a imprensa;
- O retorno do caminhão vazio também precisa ter a liberação garantida pelo movimento grevista para garantir o transporte da carga seguinte;
- Carga retidas em portos e aeroportos necessitam de transporte para pontos seguros com escolta imediata e por meio de comboios;
- Medicamentos devem ter prioridade absoluta no transporte aéreo e também com identificação específica;
- Garantia de segurança por meio de escolta aos funcionários de transportadoras de medicamentos que temem represálias das lideranças do movimento grevista.
“Desde o início das conversas, o Ministério da Saúde foi muito receptivo e já está trabalhando em ações para normalizar a situação. Neste momento precisamos da contribuição de todos para que a população não seja ainda mais prejudicada”, finaliza Pedro Bernardo.
Fonte: Interfarma