Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 1,2 milhão de casos de câncer devem surgir no Brasil até o fim de 2019, sendo que 30% deles estão relacionados ao estilo de vida dos pacientes. Foi por esse motivo que o empresário César Filho, de 28 anos, desenvolveu um aplicativo para auxiliar pacientes que estão passando pela doença.
Filho, que é formado em Ciências Biológicas com ênfase em Biotecnologia, decidiu começar o projeto após o falecimento da mãe em decorrência de um tumor no ovário. “Por mais que eu sonhasse em fazer algo grande, acreditava que desenvolver um projeto de impacto não era alcançável. Achava que não seria capaz”, diz.
Mudança de perspectiva
Entretanto, em 2014, as coisas mudaram quando ele começou a fazer o curso de Decisão de Carreira da Fundação Estudar. Depois, foi estudar Empreendedorismo na Califórnia. “A Fundação Estudar teve um impacto muito grande na minha história. Acho que não chegaria onde estou hoje sem ter passado por esses cursos”, diz Filho.
O aplicativo
Chamado de WeCancer, o aplicativo para smartphones ajuda pacientes com câncer a fazer o automonitoramento. Isso porque a tecnologia contém informações sobre o tratamento, medicamentos em uso, atividades cotidianas e efeitos adversos, como febre, falta de ar e náusea.
“Os principais benefícios gerados pela plataforma são: melhora na identificação dos sintomas, acesso a dados que podem dar apoio na tomada de decisões clínicas, economia de tempo na consulta, foco na discussão sobre tratamento, além da facilitação da comunicação com o paciente em casa”, comenta Filho.
A startup faz parte do Eretz.Bio do Hospital Israelita Albert Einstein, de quem recebe investimento. Atualmente conta com mais de 500 usuários ativos.
O app está disponível para download na App Store e no Google Play.
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Fonte: Revista da Farmácia