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As letras das bulas tradicionais de remédios vão dobrar de tamanho pela nova regra da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que entrará em vigor nos próximos dias. A altura mínima do corpo dos textos deve passar dos atuais 1,5 milímetro para pelo menos 3 milímetros. O espaço entre as linhas também irá aumentar para dar mais visualização.
Além do tamanho da letra, a resolução prevê ainda um SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para que seja oferecido aos pacientes com deficiência um serviço de leitura da bulas, assim como tira-dúvidas para o consumidor.
A resolução será publicada no Diário Oficial da União e, procuradas pelo eBand, a ABC Farma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico) e a Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica) não se manifestaram.
Essa é a segunda medida e impacto divulgada nesta semana pela Anvisa. Na última terça-feira, o órgão determinou a venda de medicamentos sem prescrição médica seja feita atrás do balcão – a fim de que os remédios não fiquem mais ao alcance do consumidor.
Produtos alimentícios, como balas, sorvetes e barras de cereal, estão proibidos de serem vendidos. Na ocasião, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente do Conselho Federal de Farmácias, Jaldo de Souza Santos, afirmou que a resolução acontece em boa hora, pois a população sente falta de uma organização maior nas farmácias.
O comércio tem até 180 dias para se adequar à lei. Os proprietários das farmácias terão ainda que informar os clientes por meio de cartazes sobre os perigos da automedicação.