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A gripe suína é uma doença respiratória de porcos causada por um vírus influenza tipo A, que causa regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. Foi o que aconteceu há poucas semanas no México, e até hoje a doença já se espalhou por mais de 20 países, sendo os mais atingidos o próprio México, com 840 doentes, e o vizinho Estados Unidos, com 403 casos confirmados.
Porém, a doença tem causado outros problemas. Por medo da gripe suína se tornar uma pandemia, muitas pessoas, em lugares até então livres do vírus, passam a desenvolver doenças psicossomáticas (reações orgânicas produzidas por influências psíquicas). Isso ocorre quando a população sadia fica exposta ao risco de morrer em consequência de uma doença.
Segundo a Comissão de Saúde Mental do Conselho Econômico e Social da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 20% da população mundial tende a desenvolver doenças ligadas ao campo da saúde mental. Portanto, quem se preocupa obsessivamente com o próprio estado de saúde, como os hipocondríacos, por exemplo, também acreditam terem sido contaminados, mas isto não significa que a pessoa esteja realmente doente.
A explicação é que o quadro de estresse emocional resulta no aumento de cortisol que, por sua vez, aumenta o sistema noradrenérgico. Todos esses agentes vão atuar na menor recaptação da serotonina, que é responsável pela comunicação dos neurônios.
Mesmo assim, os especialistas alertam: as pessoas que sentirem os sintomas, mesmo que não tenham risco de ter contraído a doença, devem procurar auxílio médico imediatamente.