Valor Econômico
A aquisição da companhia farmacêutica têm como objetivo fortalecer e diversificar seus negócios
Desde que assumiu em 2006 o comando da Merck, sediada em Darmstadt, Karl-Ludwig Klee deixou claro que sua companhia estava entrando em uma fase de crescimento, montada ao redor da expansão geográfica, via aquisições inclusive, ao mesmo tempo em que ela manteria seus pilares operacionais gêmeos históricos: os produtos farmacêuticos e os produtos químicos.
A Millipore – que produz tecnologias, ferramentas e serviços para as áreas de pesquisas biocientíficas e produção biofarmacêutica, e voltada principalmente para o mercado dos Estados Unidos – se encaixa na estratégia do executivo. Isso ajuda a diversificar a linha de produtos ao mesmo tempo em que cria o que ele estima que serão sinergias de US$ 100 milhões em três anos relacionadas às atividades.
A operação surge no momento em que a companhia enfrenta pressões crescentes resultantes do vencimento de patentes existentes e das resistências aos aumentos de preços pelas companhias e sistemas de seguro-saúde, juntamente com as dificuldades de desenvolvimento de novos produtos. A Merck está usando a Millipore para ampliar uma atividade já existente que está na origem dos negócios farmacêuticos, mas que foi abandonada há muito tempo pela maioria de seus concorrentes: os produtos químicos.