Valor Econômico
Depois de cinco meses de intensas negociações, o Ministério da Saúde fechou um acordo importante com a farmacêutica suíça Novartis para centralizar a compra do medicamento Glivec, destinado a pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) – o câncer no sangue -, e com tumor estroma gastrointestinal (TEG). O contrato entra em vigor na próxima segunda-feira e vai até 2012.
Atualmente, a compra desse medicamento é feita pelos 170 hospitais públicos, filantrópicos e privados, conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde). Cada comprimido tem um custo médio de R$ 42,50 (base 2009). Na primeira fase desse acordo, o remédio será vendido até o fim do ano a esses mesmos hospitais a um valor que não poderá ultrapassar R$ 26,32. Entre 2011 e 2012, o Ministério da Saúde passa a centralizar a compra, reduzindo o preço para R$ 20,60, informou ao Valor Reinado Guimarães, secretário de Ciência e Tecnologia do ministério. Esse medicamento chegou a custar o dobro quando começou a ser comercializado no país, em 2001.
O Glivec, produzido pelo laboratório suíço, é destinado para tratamento de 7,5 mil pacientes do SUS no país. A patente do medicamento, cujo princípio ativo é o mesilato de imatinibe, deve vencer no Brasil no fim de 2012. A companhia entrou com um processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para estender a patente até 2013.