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Um novo estudo recomenda que a rede pública de saúde adote exame de sangue para detecção do antígeno NS1 como diagnóstico da dengue. Além de comprovar que o resultado obtido com esse teste é mais rápido e eficaz do que os disponíveis atualmente, a pesquisa identificou que o NS1 é detectável até o sétimo dia da doença com segurança.
A dengue é uma doença aguda, de rápida evolução, com sintomas semelhantes ao de outras infecções, mas que em um número reduzido de casos pode assumir extrema gravidade, a chamada dengue hemorrágica. Sem uma terapia específica, a redução das complicações – e consequentemente da mortalidade – depende do diagnóstico precoce e do manejo correto do paciente.
A proteína NS1 tem sido reconhecida como um importante imunógeno em infecções por dengue, além de estar presente em altas concentrações no soro de pacientes infectados com o vírus durante a fase clínica inicial da doença.
Diagnóstico mais rápido da dengue
O primeiro trabalho no Brasil a avaliar o desempenho da detecção dessa proteína como método de diagnóstico de dengue foi realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).
"As análises da sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos e negativos mostram que esse teste poderia entrar como rotina na detecção viral no sistema público de saúde, proporcionando diagnóstico mais rápido da dengue", disse Benedito Antônio Lopes da Fonseca, professor da disciplina de Moléstias Infecciosas e Tropicais de FMRP-USP e coordenador da pesquisa, à Agência FAPESP.
A pesquisa analisou amostras de 250 pacientes com suspeita de terem contraído a doença atendidos no Pronto Atendimento do Centro Saúde Escola e na Enfermaria de Moléstias Infecciosas e Tropicais do Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Os resultados obtidos com o teste NS1 foram comparados com os apontados pelos métodos de diagnóstico usados atualmente.