O caminho do varejo nacional

Iniciamos 2017 com a expectativa de que seja um ano menos difícil que o anterior. Porém, ainda estamos sujeitos a muitas incertezas em razão dos problemas de ordem política e econômica no País.

Revista da Farmácia – ed. 196

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Luis Carlos Marins, presidente da Ascoferj

Iniciamos 2017 com a expectativa de que seja um ano menos difícil que o anterior. Porém, ainda estamos sujeitos a muitas incertezas em razão dos problemas de ordem política e econômica no País.

A cadeia do setor farmacêutico – indústrias, distribuidores e varejo – apesar da crise, apresentou números favoráveis em 2016, com indicadores de crescimento acima dos demais setores da economia, mantendo evolução nas vendas. Entretanto, acredito que vivemos duas realidades distintas no que diz respeito ao varejo farmacêutico. Há dois lados da moeda.

O varejo é constituído por três categorias de empresas: as grandes redes (27 atualmente no País), as redes associativistas / franquias e as farmácias independentes. Por um lado, os números apresentados pelas grandes redes apresentam balanço com saldos amplamente favoráveis, com projeções positivas de crescimento e continuidade no plano de expansão. Já nas redes intermediárias os números ainda são favoráveis, mas com crescimento não tão acentuado como nas principais redes nacionais.

Por outro lado, quando analisamos o mercado das farmácias e drogarias independentes, atualmente composto por mais de 50 mil estabelecimentos que representam quase 70% dos pontos de venda no Brasil, a realidade é completamente diferente. As pequenas e médias empresas estão sendo asfixiadas pela concorrência, situação que se agrava em consequência de uma severa carga tributária e por normas regulatórias com alto grau de complexidade para os empresários.

A falta de um tratamento diferenciado por parte dos governantes para empresas de pequeno e médio porte – tratamento esse previsto na legislação, mas não aplicado na prática – permanece sendo uma das muitas injustiças que vivemos, pois, no Brasil, quem paga mais tributo proporcionalmente é sempre o menos favorecido.

Certamente, deveria existir um incentivo para os pequenos empreendedores, pois são eles que ocupam as regiões das periferias das grandes metrópoles, em cidades com menor concentração de populações, onde as grandes redes não têm interesse em se estabelecer. São essas farmácias que garantem o abastecimento nos locais de acesso mais precário.

Deixo meu alerta: a falta de sensibilidade do poder público e a ganância dos órgãos fiscalizadores em arrecadar, priorizando a punição no lugar do incentivo ao empreendedorismo, estão levando à extinção do pequeno e médio varejo farmacêutico.

Reitero aos leitores que continuaremos nosso trabalho de contribuir com o segmento farmacêutico por meio de nossa equipe de profissionais para oferecer os melhores benefícios e serviços ao quadro de associados. A esses, agradecemos pela confiança, que nos torna uma das maiores e principais entidades regionais do País.

Que este ano seja repleto de realizações e bênçãos.

 

Luis Carlos Marins, presidente da Ascoferj

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