O Estado de S. Paulo
As pessoas com mais vitamina D no sangue têm menos possibilidades de desenvolver câncer de cólon que as que têm baixos níveis do composto, segundo um estudo publicado, na revista médica British Medical Journal.
A análise, feita por pesquisadores da Agência Internacional de Investigação do Câncer em Lyon (França) e do Imperial College de Londres, indica que, entre as pessoas com maiores níveis de vitamina D, o risco de sofrer câncer de cólon diminui em 40%.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores observaram as quantidades do composto em 1.248 pessoas com câncer de cólon, mas destacaram, no entanto, que o vínculo não é definitivo, e outros estudos clínicos devem ser realizados.
Os pesquisadores não avaliaram se o consumo de suplementos de vitamina D pode ajudar a evitar a doença, segundo a BMJ, que informa que o estudo contou com o apoio do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer (WCRF, sigla em inglês).
A principal fonte da vitamina é a luz solar, mas ela está presente em alguns alimentos, como o óleo de fígado de bacalhau.
"Este é o maior estudo já realizado sobre este assunto, e agora há mais provas de que há maiores possibilidades que as pessoas com baixos níveis de vitamina D possam desenvolver câncer de cólon", assinalou Panagiota Mitrou, cientista do WCRF.
"O próximo passo é realizar novos testes para tentar confirmar se o suplemento de vitamina D pode reduzir o risco do câncer de cólon", disse Mitrou, que informou que há cerca de 37.500 casos da doença diagnosticados a cada ano no Reino Unido.