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Notícias
17 de agosto de 2009.
Valor Econômico
Na sua maior aposta para o ano no Brasil, a farmacêutica Pfizer está lançando o medicamento Lyrica, indicado contra a dor neuropática e fibromialgia, doenças que afetam a qualidade de vida de pacientes.
A expectativa da farmacêutica é que a droga torne-se um campeão de vendas dentro dos padrões brasileiros. "Temos absoluta certeza de que a droga virá a ser um ‘blockbuster’ no Brasil", disse o diretor de negócios de cuidados primários da Pfizer, Adilson Montaneira.
A droga foi lançada nos EUA em 2005, mas só chega agora, importada da Alemanha, porque a Pfizer informou que fez um esforço para que o preço no Brasil fosse competitivo. "Tivemos alguns percalços no caminho." O preço da apresentação mais barata sairá R$ 83. A droga não possui patente no país.
O Lyrica vendeu US$ 2,6 bilhões no ano passado, conferindo um aumento de 41% em relação ao ano anterior. Está presente em 93 países. Nas projeções da Pfizer, a intenção é conquistar uma parcela importante deste segmento do mercado brasileiro, que hoje movimenta R$ 140 milhões por ano. "Acreditamos que o mercado poderá triplicar ou até quadruplicar em poucos anos", disse o diretor do laboratório americano.
A dor neuropática é causada por uma alteração localizada em qualquer ponto de uma via nervosa, apontando sintomas como queimações e formigamentos. A fibromialgia causa dores tão intensas que podem fazer com que os pacientes, em alguns casos, não consigam "nem tomar banho ou pentear o cabelo", disse Montaneira.
A Pfizer calcula que 9 milhões de brasileiros apresentem sintomas da doença. "A grande dificuldade é fazer o diagnóstico", disse. “A porta de entrada dos pacientes é pelos clínicos gerais e ortopedistas." Mas, segundo ele, cada vez mais os especialistas em dor (reumatologistas, neurologistas, entre outros) estão atentos à novidade.
Para o lançamento, a Pfizer está investindo alguns "milhões de reais", mobilizando 175 representantes de vendas, dos quais 65 especializados em doenças ligadas à dor. Nos planos para atingir a classe médica, a meta é atender 6 mil médicos especialistas em dor e 16 mil clínicos gerais."