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Esse deverá ser o reajuste conforme estima a Fipe, se a cotação do dólar ficar estável. Alta começará em março
Daqui a cerca de dois meses, no final de março, os remédios vendidos no país deverão ficar até 5% mais caros. Essa é a previsão feita pelo coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP), António Evaldo Comune.
Esse aumento deverá ficar perto da inflação estimada pelo economista para o período, de 4,5% a 5%.
Porém, para que o percentual de aumento seja esse mesmo, o dólar terá de ficar estável. "Muitos medicamentos têm componentes importados em sua fórmula. Se a moeda subir, o reajuste acabará sendo maior", disse.
De acordo com as regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o reajuste dos remédios considera a inflação dos últimos 12 meses, o fator de produtividade das indústrias e a variação dos custos do setor.
Cerca de 20 mil medicamentos deverão sofrer o reajuste em março. A agência divide os remédios em três faixas e aplica aumentos distintos. Somente ficam de fora do reajuste permitido pelo governo os remédios fitoterápicos e os homeopáticos.
No ano passado, o reajuste máximo dos medicamentos ficou em ,61%. Em 2007, o percentual foi um pouco menor: 3,02%. No entanto, nos dois anos anteriores, a alta foi maior. Em 2005, foi de 5,51% e, em 2004, de 7,39%.
Reajuste pode não ser integral
Apesar de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberar os reajustes nos preços dos remédios, as farmácias não são obrigadas a repassar o aumento integral aos seus clientes.
Algumas podem manter os valores praticados no ano anterior ou ainda repassar somente uma parte do reajuste autorizado.
Se os remédios forem de uso contínuo, por exemplo, como medicamentos para diabetes, o consumidor poderá pedir um desconto à farmácia. Muitas oferecem cartões de fidelidade aos seus clientes e, assim, vendem os itens a preços mais baixos.