Preço cai e homens correm atrás do Viagra genérico nas farmácias

Diário do Grande ABC

Uma corrida frenética para as farmácias no Grande ABC começou na semana passada. Não foi por causa de novos remédios que combatem a Gripe A ou quimioterápicos de última geração. A busca foi motivada pelas opções mais em conta dos medicamentos para disfunção erétil. Mas essa ansiedade, unida à venda indiscriminada, pode trazer vários riscos para a saúde dos novos usuários.

A quebra da patente do Viagra, a famosa pílula azul, produzido pela empresa americana Pfizer, no último dia 20, foi a responsável pelo aumento da procura. A EMS conseguiu distribuir o seu genérico no início da semana, após mobilização nacional do seu departamento de distribuição, e é possível encontrar até produtos manipulados pela metade do preço no Grande ABC. O próprio Viagra teve redução de 50% no valor.

O Diário percorreu farmácias e drogarias nas cidades de Diadema, São Bernardo e Santo André nos últimos dias e nenhuma exigiu a receita para a compra. Como é remédio controlado com tarja vermelha, os farmacêuticos são obrigados por lei a pedir a receita para os clientes. Todos os balconistas e farmacêuticos foram unânimes ao confirmar o aumento da comercialização do produto.

"A venda descontrolada pode trazer inúmeros problemas de saúde para pessoas cardíacas. É uma falta de responsabilidade de quem vende e também de quem toma, o risco é muito grande", explica José Luís Aziz, cardiologista e vice-presidente da regional ABCM da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

A função do princípio ativo da droga, o Sildenafil, é ser vasodilatador potente. No Brasil, 50% das pessoas que sofrem algum problema no coração não sentem nenhum sintoma. Anualmente no País morrem cerca de 400 mil pessoas devido a ataques cardíacos. "Nesta situação que está o perigo, como os homens estavam acostumados a ter relações sexuais curtas e com pouco esforço físico, não corriam riscos, mas com o uso do remédio, que possibilita ter maior desempenho, as chances de infarto aumentam."

Segundo o cardiologista, os homens – principalmente na faixa etária entre 35 e 40 anos – que por algum motivo necessitam tomar o remédio para disfunção erétil precisam consultar um especialista, como cardiologista ou urologista, para fazer alguns testes clínicos. Algumas pessoas estão fora de risco, como os jovens e quem tem uma vida ativa com prática de atividades físicas. Mas a ingestão da droga traz série de efeitos colaterais, como o rubor (vermelhidão) facial, o entupimento das vias nasais (a pessoa passa a se sentir como se estivesse gripada), além de dor de cabeça após o uso.

Compra pode causar constrangimento
A tarefa de saber quais são as chances de comprar o remédio para disfunção erétil não foi simples para fazer esta reportagem. Mesmo sem receita, consegui em todos os lugares que entrei constatar que existe a possibilidade de adquirir o medicamento sem qualquer indicação médica.

Essa parte foi tranquila. Nenhum balconista ou farmacêutico me pediu o tal papel com assinatura e carimbo do médico. Na hora de pagar, desistia da aquisição e levava comigo apenas uma incômoda vergonha do tamanho do mundo e a face ruborizada (ali&aa

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Ascoferj
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