Purple Day, dia mundial de conscientização da epilepsia no mundo

Fator Brasil

Acontece essa semana, pela primeira vez no Rio de Janeiro, a comemoração do Purple Day, o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia no Mundo. E as comemorações seguirão até sábado, dia 31 de março, com uma caminhada na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, promovida pela Associação Brasileira de Epilepsia – Rio de Janeiro, pela Liga Brasileira de Epilepsia -RIO e por Eduardo Caminada Júnior, um dos embaixadores da causa, no país

Idealizado e fundado por Cassidy Megan, uma canadense de nove anos da Nova Scotia, Canadá, que, como 50 milhões de pessoas em todo o mundo, são portadoras de epilepsia, o Purple Day surgiu em 2008 com a finalidade de tirar a epilepsia das sombras. “É uma das doenças mais antigas da história da humanidade e sofre preconceito desde a Roma Antiga quando os portadores de epilepsia eram isolados e maltratados junto dos portadores de hanseníase, por acreditar-se que era uma doença contagiosa, o que não é verdade. Estamos comemorando o Purple Day para levar informação, desmistificar a doença e demonstrar a pais, pacientes e toda a sociedade, que a epilepsia tem tratamento, e mesmo eventualmente cura, e que a maioria das pessoas com epilepsia tem uma qualidade de vida normal e não tem porque ter preconceito em relação aos seus portadores. O preconceito causa muito mais sofrimento do que as crises que duram apenas poucos segundos ou minutos”, diz Dr. Eduardo Faveret, o presidente da Liga Brasileira de Epilepsia no Rio.

Segundo o médico, o preconceito, a segregação e a escassez de serviços profissionais especializados são os grandes problemas enfrentados pelos pacientes que atende. “As epilepsias atingem cerca de 1,5% da população mundial, acometendo todas as raças, países, sexos e idades. Só no Rio de Janeiro, temos cerca de 320 mil portadores da doença e o preconceito começa, muitas vezes, em casa, com pais que não tem coragem de dizerem aos filhos e parentes que são portadores de epilepsia. E isso em pleno século XXI com todos os avanços da medicina em tratamentos, cirurgias e tecnologia!”, continua.

Para Dr. Eduardo Faveret, a falta de divulgação da doença e dos seus tratamentos, inclusive cirúrgicos, alimenta a segregação que existe em relação aos portadores da epilepsia. “80% dos tipos de epilepsia são tratáveis com medicação e as que pertencem ao grupo de 20% de difícil controle precisam conhecer os outros recursos que a medicina dispõe como cirurgias, neuromodulação e dietas, para saberem que podem contar com mais recursos”, ensina.

Depressão & má qualidade de vida -“Problemas como depressão, transtorno de ansiedade e pânico, alto índice de desemprego e isolamento social são frequentes entre as pessoas com epilepsias de difícil controle. A maioria das pessoas esconde a doença para não ser estigmatizado e acaba sofrendo com o isolamento social e o desemprego”. Todos esses temas serão aapresentados na palestra que abre o Purple Day no dia 31, no Hospital da Lagoa, auditório
A. E pedimos a todos, independente de serem portadores de epilepsia ou não, que abracem a causa e vistam alguma peça de roupa roxa no dia 26, em qualquer lugar que estiverem – escolas, rua ou trabalho. É preciso vencer o preconceito”, diz o médico.

O Purple Day nasceu com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Scotia – EIOS – e a sua fundadora escolheu a cor roxa inspirada na flor de lavanda, frequentemente associada à solidão, pois representa o isolamento que muitas pessoas afetadas pela epilepsia e convulsões vivem. “A epilepsia é um tipo de doença neurológica, atualmente, bastante tratável e seus portadores não podem ser estigmatizados, com preconceitos tolos como a saliva de uma convulsão transmite epilepsia a outra pessoa que o auxiliar no momento da crise, ou mesmo, que a doença é hereditária e portadores de epilepsia não podem ter filhos”, diz Eduardo Caminada que é portador de epilpsia, possui o site [www.vivacomepilepsia.org.br] e, que, juntamente com Daysi Calábria, são embaixadores do Purple Day no Brasil.

Roxo para conscientizar – O convite para vestir roxo no Purple Day em todos os lugares do planeta vem do trabalho de conscientização iniciado por Cassidy que chega ao Brasil. “O Purple Day acontece em todo o mundo no dia 26 de março, mas optamos por estender a comemoração aqui no Rio com palestras e a caminhada na Lagoa, que acontecerão no sábado, dia 31, para que todos possam conhecer e participar. O evento se iniciará às 10h30min no Hospital da Lagoa, com palestras e reunião da ABE-RIO, coordenada por Daisy Calábria, presidente da ABE-RIO. As 13h30min será a vez da caminhada pela Lagoa até o Corte do Cantagalo. E, para o assunto não acabar, a ABE-Rio promoverá em parceria com a LBE-RIO em 29 de abril, um evento também no Hospital da Lagoa com especialistas de todo o Brasil. Contamos com todos para caminhar a favor da conscientização da epilepsia e contra o preconceito”, convoca Daisy.

Eduardo Caminada Júnior finaliza: “Nenhum portador de epilepsia está só no mundo. Do filósofo Sócrates a Lenin, dos grandes escritores Dostoievski, Gustave Flaubert, Machado de Assis até atores com Danny Glover e o guitarrista Eric Clapton, todos foram portadores de epilepsia e marcaram – alguns continuam marcando – a história mundial. Só é preciso tirar a epilepsia das sombras e auxiliar os familiares a entenderem que a doença pode ser controlada, uma questão de carinho e auxilio de todos. O importante não é fugir da epilepsia, é buscar a vida com energia”, finaliza ele.

Foto de Ascoferj
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