Fonte Portal Fator Brasil
Novos produtos e lançamentos de medicamentos e cosméticos serão apresentados a dez mil visitantes da feira.
Em tempos de crise econômica internacional, o preço dos medicamentos à população pode representar uma pressão maior sobre o orçamento doméstico Ainda mais com o reajuste de 5,9% a partir de 31 de março para 20 mil tipos de medicamentos, conforme liberação feita pela Câmara de Regulação do Mercado de medicamentos (Cmed), vinculada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por isso, durante a Abradilan Farma 2009 – maior feira do setor farmacêutico do país – que acontece de 25 a 27 de março em Florianópolis, organizada pela cearense Dinâmica Eventos, será defendida a importância da reforma tributária para desonerar o setor e tornar mais fácil o acesso a medicamentos pela população como um todo, sobretudo a de baixa renda. Também será realizada a 5ª Convenção Nacional da Indústria, Distribuição e Varejo do Setor Farmacêutico, para discutir o panorama do mercado farmacêutico.
"A alta carga tributária impacta diretamente no acesso a medicamentos, um produto básico e vital. E isso causa um efeito drástico para o sistema de saúde público, já que o meio melhor e mais barato para restabelecer a saúde é tratá-la com medicamentos no início da enfermidade, evitando assim agravamentos que levam a internações, custos mais elevados e até a morte precoce", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan).
A feira, juntamente com a primeira edição da Abradilan HPC (Higiene, Perfumaria e Cosméticos), vai reunir 10 mil visitantes dos laboratórios, distribuidores e redes de farmácias, com 140 estantes e uma previsão de um volume de negócios fechados de R$ 130 milhões – 20% a mais que no ano passado.
A Abradilan, em conjunto com outras entidades, desenvolve um estudo em todo Brasil, sobre a a tributação de medicamentos e seu impacto no orçamento do individuo. "Assim que esse estudo estiver pronto, vamos apresentar uma proposta de tributação justa, que desonere o contribuinte e que os mesmos possam repassar para os consumidores através de redução nos preços", explica Galindo.
Sobre o reajuste na tabela de medicamentos, o presidente considera a medida irreal. "Existem medicamentos que precisavam ter um reajuste maior, devido a aumentos de matéria-prima. Outros não necessitam de reajuste, haja vista que são oferecidos com descontos bastante elevados no mercado", analisa Galindo. Segundo ele, o que se faz necessário é a liberação do preço de medicamentos, com controle somente sobre os medicamentos com patentes ou exclusivos. "A liberação dos preços impactaria na tributação de alguns estados e por isso a livre negociação é saudável para a população e para os pequenos empresários", assegura o presidente da Abradilan.
Para Galindo, apesar das incertezas da economia, o setor farmacêutico deve ser um dos menos prejudicados pela crise, pois os medicamentos são itens indispensáveis à saúde do consumidor, sendo priorizados no orçamento doméstico. No ano passado, o setor expandiu as vendas em 26%, em relação a 2007, com faturamento de aproximadamente R$ 10 bilhões.
Lan&c