O Estado de S. Paulo
Plano dos laboratórios é vender medicamento a preço acessível aos países em desenvolvimento
Os laboratórios Roche anunciaram nesta quarta-feira, 1º, que pretendem manter um estoque do medicamento Tamiflu para ser distribuído nos países em desenvolvimento que estiverem em situação de urgência ante uma pandemia da gripe suína, causada pelo vírus A (H1N1).
A medida faz parte do lançamento de um programa que facilitará o acesso ao medicamento nos países em desenvolvimento.
Segundo o comunicado distribuído pela empresa, a Roche venderia a esses países lotes do Tamiflu "a um preço significativamente reduzido" durante vários anos.
O preço dependeria do período de armazenamento requerido, mas cada caixa de dez cápsulas de 75 mg custaria em média de 5 a 6 euros. Para as cápsulas de 45 mg, o preço seria de 3 a 3,65 euros, e para as de 30 mg seria de 2 a 2,55 euros.
A companhia especificou que os medicamentos seriam enviados de acordo com a solicitação dos governos dos países mais afetados e sempre quando for declarada uma pandemia ou uma situação de emergência de saúde pública.
O programa poderá ser aplicado em 71 países, todos os que formam parte da Aliança Mundial para as Vacinas (GAVI), com exceção da Índia, onde o laboratório Hetero tem permissão para produzir um medicamento genérico.
Quanto ao financiamento, a Roche espera que o Banco Mundial, outros doadores e os próprios países afetados possam ajudar com os custos de produção e transporte do Tamiflu.