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Ocorreu, nesta segunda-feira (18), um encontro de lideranças do varejo farma do Rio de Janeiro com o deputado federal Felício Laterça (PP-RJ). O evento foi organizado pela Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Rio de Janeiro (Sincofarma-Rio), o Sincofarma Niterói, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ), a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFARMA).
Temas discutidos
Algumas das pautas abordadas no evento foram os Projetos de Lei que estão atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados: o nº 1774/19 – que autoriza a venda de MIPs em supermercados e estabelecimentos similares – e o nº 1559/21, que institui o piso salarial do farmacêutico em R$ 6,5 mil.
Projeto de Lei do Piso Salarial do farmacêutico
Em relação ao PL do piso salarial, Rafael Espinhel, presidente executivo da ABCFARMA, relembrou que 65% do setor é representado por pequenas farmácias, com faturamento mensal médio de R$ 50 mil: “Quando se quer estipular um piso de R$ 6,5 mil para o responsável técnico, ocorre a inviabilidade da continuidade do exercício da atividade empresarial de um número significativo de farmácias”.
Dessa forma, muitos estabelecimentos teriam as portas fechadas, contribuindo para a diminuição da capilaridade das farmácias no Brasil, desemprego de farmacêuticos e prejuízo no acesso da população aos medicamentos. O executivo explica que é essencial valorizar o trabalho do farmacêutico, mas que a discussão do valor do piso deve acontecer nos sindicatos de cada Região do País.
Projeto de Lei de Venda de MIPs em supermercados
Já o PL que trata da venda de MIPs em supermercados também acarretaria na diminuição do número de farmácias menores. Espinhel explicou que, ao possibilitar a venda de medicamentos em estabelecimentos que não atendam às mesmas regras sanitárias, sem um profissional farmacêutico, é impactada não apenas a questão financeira, mas também a sanitária e de saúde pública.
Participantes do encontro
Entre os participantes, estiveram mais de 70 empresários do varejo farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro e representantes de entidades de Estados como Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Amapá, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Um desses empresários foi Jay Santos, gestor do grupo associativista Santos e Abreu. Segundo ele, é fundamental que encontros como esse aconteçam frequentemente no Rio de Janeiro: “Estar reunido com meus colegas do segmento me deixa muito feliz, principalmente por saber que estamos nos apoiando em um momento tão delicado quanto o atual”.
Além dele, Leandro Pereira, gestor da rede A Nossa Drogaria, relembrou a importância de se estar em contato com o deputado Felício Laterça: “É essencial ter esse diálogo aberto com um parlamentar que nos ouve e que realmente entende as necessidades do farmacêutico e da farmácia”.
Deputado Felício Laterça
Laterça conversou com todos os empresários presentes, explicando como vem lutando pelos interesses das farmácias e dos farmacêuticos. Segundo ele, mesmo com os dois projetos de lei preocupantes, existem muitos outros que são positivos e que estão sendo discutidos na Câmara.
“Nosso objetivo é permitir que farmacêuticos tenham trabalho e que farmácias continuem com as portas abertas. Sabemos a importância dessa movimentação do setor e continuaremos trabalhando em prol do bem estar de todos”, conclui Laterça.
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