Correio Braziliense
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu a análise das reações provocadas pelo Tamiflu, medicamento usado no tratamento da gripe suína. De acordo com o relatório, a cada mil pacientes que usaram o remédio, sete apresentaram algum tipo de queixa. Das 104 notificações encaminhadas ao órgão entre maio a setembro, 39 foram consideradas graves, cinco envolveram a morte do paciente e outras cinco não foram classificadas. De acordo com a Anvisa, não é possível afirmar que os óbitos tiveram relação com o uso do medicamento.
“Ainda não temos como avaliar os dados desse primeiro informe técnico. Temos que aguardar novos boletins, que serão elaborados mensalmente”, afirma a gerente substituta de Farmacovigilância, Patrícia Figueiredo, reforçando a recomendação de manter o acompanhamento de novos casos. Gestantes terão maior cuidado, inclusive aquelas que já não estão usando a substância. Atualmente, quatro grávidas estão sendo monitoradas. Entre os casos que foram registrados reações, três eram em gestantes.
No Brasil, segundo o informe, a situação de epidemia aumentou a utilização de antivirais, potencializando o aparecimento de eventos adversos relacionados a tais medicamentos. “O oseltvamivir (princípio ativo do Tamiflu) é um produto novo e que ainda não conhecemos o perfil”, lembra Patrícia. Entre as reclamações, 45% foram de transtornos gastrointestinais, seguidos por problemas de pele (15,4%).
O número de notificações em que não se sabe a evolução do caso é alto, cerca de 19%, o que levou o órgão a cobrar melhor preenchimento dos dados pelos responsáveis pelas vigilâncias municipais e estaduais.