O consumo de medicamentos para hipertensão apresentou alta de 26% em unidades comercializadas no Brasil no período de 12 meses entre abril de 2024 e março de 2025. Os dados são da Interplayers, hub de negócios da saúde e bem-estar. O estudo considera as operações de vendas comerciais e programas de fidelização.

Apesar do avanço no volume de vendas, o faturamento do setor registrou queda de 3% no mesmo período. Já no acumulado do ano (de janeiro a março de 2025), os dados apontam leve recuo de 1% em unidades vendidas e redução mais acentuada de 9% no faturamento.
Desempenho por estado
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que juntos concentram 35% das vendas nacionais de medicamentos para hipertensão, tiveram desempenho abaixo da média. Em São Paulo, as vendas caíram 12% no primeiro trimestre deste ano e 6% no comparativo dos últimos 12 meses. Já no RJ, a queda foi de 16% no primeiro trimestre, com estabilidade (0%) no acumulado dos últimos 12 meses.
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Entre os demais estados, o destaque vai para o Maranhão, que contrariou a tendência nacional: cresceu 12% nas vendas do primeiro trimestre e 4% no acumulado dos últimos 12 meses. Já em Minas Gerais, foi observada queda de 9% nas vendas do trimestre e 5% no período de 12 meses.

Cenário desafiador
Para Tales Godoy, diretor de Data & Analytics da ECS, empresa parceira da Interplayers, os dados refletem um cenário desafiador para o setor. “O crescimento no volume de vendas pode indicar maior adesão ao tratamento, mas a queda no faturamento sugere que os consumidores estão buscando alternativas mais acessíveis, como medicamentos genéricos ou programas de desconto”, analisa.