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A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é caracterizada por níveis de pressão arterial acima de 140x90mmHg (“14 por 9”). A condição prejudica a circulação sanguínea e faz com que os órgãos deixem de receber sangue e oxigenação suficientes, o que pode ocasionar graves consequências.
Roberto Yano, cardiologista especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e Associação Médica Brasileira, explica quais são as doenças que podem ser desencadeadas pela pressão alta.
1 – Infarto
O infarto agudo do miocárdio ocorre geralmente quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração. Sem sangue, o tecido perde oxigênio e morre. Yano explica que a pressão alta é o principal fator de risco para o infarto.
“O excesso de pressão sobre a parede do coração dificulta o seu pleno funcionamento, podendo ocorrer dificuldade na contração e no relaxamento do músculo cardíaco. Além disso, quando a hipertensão não é tratada adequadamente, ao longo dos anos, as artérias coronárias são fragilizadas e lesionadas, ocorrendo o acúmulo de gordura no subendotélio, o que pode resultar no temido infarto”, pontua o especialista.
2 – Derrame cerebral
O acidente vascular cerebral (AVC) consiste no entupimento ou rompimento de algum vaso sanguíneo cerebral. “Da mesma maneira que a pressão alta lesiona as artérias do coração, ela pode afetar as artérias cerebrais, provocando o AVC”.
Há ainda a arritmia específica, chamada de fibrilação atrial, que pode ocorrer devido à pressão alta. É potencialmente grave, já que causa coágulos no coração, que se desprendem e entopem a artéria cerebral.
Quando não mata, o AVC pode provocar sequelas leves e passageiras ou graves e incapacitantes, como paralisia de partes do corpo.
3 – Insuficiência cardíaca
Ocorre quando o coração não bombeia mais sangue o suficiente para nutrir o corpo. “A pressão alta dificulta o batimento natural do nosso coração, exigindo que ele faça mais força do que deveria. Com o passar do tempo, isso provoca aumento de tamanho do órgão e o déficit no seu funcionamento. Como consequência, o coração fica fraco, ou seja, com insuficiência cardíaca”, afirma Yano.
4 – Insuficiência renal
Para que os rins funcionem, é preciso que a pressão arterial esteja normal. Segundo o cardiologista, a pressão alta sobrecarrega e enfraquece os rins, assim como rins fracos descontrolam a pressão arterial. Se não tratado, pode levar à perda renal e necessidade de diálise.
5 – Arritmia cardíaca
Condição em que ocorre alteração do ritmo dos batimentos cardíacos. Casos graves podem ocorrer decorrentes da hipertensão arterial.
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