Segundo estimativa da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), a doença afeta aproximadamente 40 mil brasileiros. Ela é considerada autoimune, progressiva e crônica e, por motivos genéticos ou ambientais, causa desequilíbrio no sistema imunológico do paciente e agride a bainha mielina (capa de tecido adiposo que protege células nervosas), comprometendo a função do sistema nervoso.
Em geral, acomete pessoas entre 20 e 40 anos, provocando dificuldades motoras e sensitivas e pode apresentar sintomas iniciais diversos. “A maioria das pessoas começa a ter problemas motores no início da doença, mas os principais sintomas também podem ser uma deficiência na visão ou um problema psíquico”, afirma Eduardo Motti, médico convidado pela Prati-Donaduzzi para falar sobre o tema.
Tipos de esclerose múltipla
– Remitente-recorrente (EMRR): possui períodos de melhora e outros de recaídas, que podem durar dias ou anos;
– Secundária progressiva (EMSP): quadro mais grave em que o doente não se recupera das crises e fica com sequelas definitivas;
– Progressiva com surtos (EMPS): doença se desenvolve de maneira mais rápida e agressiva;
– Primária progressiva (EMPP): piora da doença de força gradativa.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito com base em estudo clínico e nos sinais relatados pelo paciente, analisados e confirmados por neurologista. Alguns sintomas podem ser confundidos com outras enfermidades e têm características intermitentes, ou seja, podem surgir e desaparecer periodicamente. Exemplos são visão borrada, rigidez muscular, espasmos, fadiga, urgência urinária, lapsos de memória e de atenção, entre outros.
Por ser autoimune, a esclerose múltipla não tem cura, mas os tratamentos existentes possuem boa eficácia contra os principais sintomas, o que ajuda o paciente a viver com mais qualidade e conforto.
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