A esquizofrenia é uma doença bastante comum, embora ainda sofra com estigmas: de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 23 milhões de pessoas no mundo são atingidas, enquanto no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, dois milhões de brasileiros são portadores desse distúrbio mental grave, que afeta a capacidade de distinguir a realidade de delírios e alucinações.
Esquizofrenia
A doença é marcada por surtos que envolvem paranoias, como ouvir vozes e acreditar que está sendo perseguido. Pedro Antonio Pierro Neto, neurocirurgião convidado pela Prati-Donaduzzi para falar sobre o tema, explica que em casos graves da doença é comum o paciente relatar conversas com seres de outro planeta e situações delirantes de vozes que conversam entre si.
A doença geralmente se manifesta na adolescência ou no início da vida adulta, entre 15 e 35 anos de idade, e não há incidência predominante entre os sexos. Além disso, existem diferentes tipos de esquizofrenia: catatônica, paranoide, desorganizada e indiferente.
Causas e tratamento
Ainda que comum, as causas da esquizofrenia não são exatas e o diagnóstico é essencialmente clínico. Sabe-se que o fator genético tem grande influência na possibilidade do desenvolvimento da doença.
Existe um conceito na medicina de vulnerabilidade versus estresse, que considera que a junção da presença da vulnerabilidade com fatores estressantes pode desencadear a doença. Substâncias psicoativas também podem ser potenciais desencadeadores.
O tratamento é feito de forma medicamentosa, com o uso de antipsicóticos. “Em torno de 30% dos portadores da doença que fazem tratamento conseguem ter controle total. Os outros 70% terão controle parcial, ou nenhum, nos casos mais graves”, revela Neto. É possível realizar psicoterapia e terapia ocupacional juntamente com os medicamentos.
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