A Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj) esteve em reunião, na manhã desta sexta-feira (5), com o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, para tratar de dois temas relevantes ao setor farmacêutico: a inclusão das farmácias no Plano Nacional de Imunização (PNI) e a prioridade dos farmacêuticos nesta primeira etapa de vacinação.
Representada pelo presidente Luis Marins, pelo vice-presidente Ricardo Valdetaro e pela coordenadora do Departamento de Assuntos Regulatórios da Ascoferj, Betânia Alhan, a entidade entregou ao secretário um ofício que pede a inclusão das farmácias como pontos de vacinação nas próximas etapas da campanha. O deputado estadual Jorge Felippe Neto (PSD-RJ) também participou do encontro.
Participação das farmácias no PNI
De acordo com Marins, as farmácias estão preparadas para atuar intensamente na vacinação da população: “Por lei, a farmácia é um estabelecimento de saúde capaz de realizar ações complexas como a vacinação contra a Covid-19. Ano passado, por exemplo, diversas participaram das imunizações contra a gripe e o sarampo, ajudando a desafogar as unidades públicas”.
Na conversa, o presidente informou que atualmente, aproximadamente, 200 estabelecimentos no Estado do Rio estão aptos a auxiliar na vacinação da população no estado: “Nossas farmácias possuem salas de serviços farmacêuticos altamente equipadas e profissionais extremamente capacitados para prestar o serviço com excelência”.
No mês de janeiro, a Anvisa publicou a Nota Técnica nº 6/2021, relembrando que as farmácias com licenciamento específico para vacinação têm autorização, pela RDC 197/2017, para comercializar e aplicar vacinas. O texto deixa claro que as farmácias somente poderão participar do PNI caso haja determinação das autoridades locais, como a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ).
Nos Estados Unidos, por exemplo, as farmácias começarão a fazer parte da campanha de imunização já na próxima semana. Na última terça-feira (2), o governo informou que as primeiras doses serão distribuídas à 6,5 mil estabelecimentos de todo o país, depois aumentando gradualmente para 40 mil.
Prioridade para farmacêuticos
O segundo ponto da reunião foi a priorização dos profissionais farmacêuticos na vacinação. O Ministério da Saúde informou que os profissionais de saúde são o grupo prioritário. Contudo, devido ao grande número de profissionais e à pouca quantidade de vacina, foi necessário fazer uma subdivisão.
“Existem medicamentos nas farmácias, como os controlados e os antimicrobianos, que podem ser vendidos somente na presença de um farmacêutico. Se ele pega Covid-19 e precisa se ausentar do trabalho por 15 dias, nenhum cliente poderá ter acesso aos produtos neste período, o que acaba afetando a saúde pública”, contextualiza Marins.
Posicionamento da Secretaria
O secretário de Saúde reconheceu a importância do pleito da Ascoferj, reafirmando a relevância da participação das farmácias neste momento inicial de vacinação e também a importância dos farmacêuticos para a saúde do Estado. Contudo, informou que ainda não há previsão para que a inclusão seja feita devido à pouca quantidade de doses encaminhadas pelo governo federal.
A Ascoferj segue acompanhando o envio de novas remessas de vacinas para novamente interceder pela categoria.
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