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Associativismo ganha força no Brasil

O presidente da Febrafar, Edison Tamascia, fala sobre o associativismo no Brasil.
Edison Tamascia fala sobre o associativismo no Brasil
Foto: Humberto Teski

O programa É De Farmácia do dia 8 de outubro contou com a presença do presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, para falar sobre o crescimento do associativismo no País.

Criação da Farmarcas: história de sucesso

Tamascia também é presidente da Farmarcas. “Eu era presidente da Ultra Popular e, com o tempo, outras redes da Febrafar me procuraram para que eu ficasse à frente delas também. Atualmente, a Farmarcas é uma gestora que administra 11 redes que estão dentro do guarda-chuva da Febrafar”, explica.

Por isso, o presidente comenta sobre o livro lançado recentemente, chamado De zero a mil drogarias em 7 anos. “A Farmarcas é uma história de sucesso. Nós começamos um projeto em 2012 muito focado no associativismo de resultados e, a partir disso, fomos construindo uma rede que tomou uma dimensão muito grande”, conta.

Tamascia revela que atualmente são mil lojas com faturamento aproximado de R$ 3 bilhões, o que torna a Farmarcas a quarta maior companhia do varejo farmacêutico do Brasil.

Principais dificuldades na gestão da independente

Um ponto bastante complexo e que pode atrapalhar as farmácias independentes é o entendimento da gestão do negócio. “Muitas vezes, a capacidade de gestão empresarial ou a dificuldade de acessar ferramentas de gestão são a maior dificuldade do empresário independente”, explica Tamascia.

Ele revela ainda que ter o foco na melhoria da gestão é fundamental, já que o mercado está cada vez mais concorrido e exigente sob o ponto de vista dos resultados.

Modelos de associativismo

O presidente da Febrafar analisa ainda as diferentes formas de se fazer associativismo. “A Febrarfar é provedora de soluções. Temos ferramentas de indicadores, sistema de compras, entre outras, que passamos para nossas redes afiliadas. Mas aí vai da gestão de cada uma delas usar da forma que acharem melhor, o que provoca diferenças nos resultados”.

O problema, segundo Tamascia, é que muitos empresários acreditam que o associativismo só é válido no momento da compra conjunta. “A compra, dentro de um processo de administração, não representa mais do que 25% da energia que se tem que gastar. Tem que comprar bem sim, mas é preciso pensar no processo administrativo como um todo”.

Desempenho do mercado

O modelo associativista tem se destacado no mercado. “Nos últimos sete anos, as redes pertencentes à Febrafar cresceram 50% mais do que o restante do mercado pela oportunidade que demos à farmácia independente de ter competitividade com grandes redes”, afirma Tamascia.

O crescimento ocorreu durante períodos de crise econômica no País, e o presidente explica que isso só foi possível porque as orientações dadas pela Federação foram seguidas à risca.

Veja também: Associativismo segue em alta no mercado farma segundo Febrafar

Benefícios do associativismo

Tamascia destaca ainda que o princípio básico desse modelo de gestão é caminhar em grupo e que, por isso, é muito mais fácil gerir uma farmácia quando se pertence ao associativismo. “Há um fortalecimento da marca, treinamentos da equipe, ações de marketing, maior volume de compras”, detalha.

Segundo ele, o associativismo permite acesso a ferramentas que, sozinha, a farmácia não teria condições de adquirir. “Como ela teria um sistema de fidelidade com 21 milhões de consumidores na base? Como ela conseguiria fazer uma publicidade forte a nível regional?”, questiona.

Verticalização das grandes redes: o que ocorre na prática

Tamascia não acredita que haja uma verticalização das grandes redes. “Quando olhamos o mercado de 2015 para cá, a participação das grandes redes se manteve em 56% no volume de vendas total, mesmo com a abertura de cerca de 2,8 mil novas lojas”, diz.

Para o presidente da Febrafar, o que está ocorrendo é que as grandes redes estão dividindo o próprio mercado. Em um dia, você passa numa rua e tem uma loja; no dia seguinte, tem três da mesma rede. Mas o público que passa ali é o mesmo”, avalia.

Fonte: Revista da Farmácia
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